Vinte técnicos recém-formados na Escola Família Agrícola de Marilândia estão participando de um enriquecedor intercâmbio sobre a produção de cacau em Ilhéus, no litoral da Bahia, esta semana.
Em uma região capixaba onde a cafeicultura predomina, essa experiência é fundamental para esses jovens profissionais adquirirem conhecimentos valiosos para a sua formação, além de oferecer a possibilidade de diversificar a produção agrícola na região.
Os técnicos chegaram ao estado vizinho na última segunda-feira (11) e estão envolvidos em diversas atividades que se estenderão até quinta-feira (14). A Secretaria da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (Seag) organizou a programação do intercâmbio em colaboração com a Fundação de Desenvolvimento e Inovação Agro Socioambiental do Espírito Santo (Fundagres Inovar), contando com o apoio da Fundação Renova e do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper).
O secretário de Estado da Agricultura, Enio Bergoli, destaca a importância dessa experiência para os jovens profissionais: “Além da formação técnica, esta é uma oportunidade de incentivar esses alunos a atuarem em suas propriedades e orientarem os agricultores familiares sobre a importância de diversificar a produção agrícola com outras culturas”.
A experiência técnica inclui visitas a instituições e organizações envolvidas nas diversas etapas da produção de cacau, desde o plantio até o beneficiamento da fruta, abrangendo questões de qualidade, agregação de valor e técnicas agroecológicas.
Logo após a chegada à Bahia na segunda-feira (11), os jovens tiveram a oportunidade de conhecer o trabalho local da Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac), órgão vinculado ao Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), e visitar o Centro de Inovação do Cacau (CIC), um laboratório que realiza análises de amêndoas de cacau.
Letícia Alvarenga, técnica em agropecuária de 18 anos, residente em Marilândia, destaca a importância das visitas técnicas para a aplicação prática dos conhecimentos adquiridos durante o curso: “Tudo o que temos visto contribui para aprimorar o que aprendemos na teoria, em sala de aula, e serve de subsídio para, no futuro, podermos assistir melhor o produtor rural e contribuir para fomentar a diversificação agrícola na nossa região que ainda é predominada pela cafeicultura. Tem sido dias de muito aprendizado e crescimento”.
O grupo participou de diversas capacitações, incluindo a seleção de amêndoas de cacau e visitas técnicas às produções cacaueiras orgânicas de Ilhéus, que são reconhecidas em todo o país.
Além disso, o itinerário dos visitantes inclui a Rede de Agroecologia Povos da Mata, formada por produtores da agricultura familiar assentados da reforma agrária, a Chocolateria Dengo e o assentamento Dois Riachões.
Programação:
- Dia 11: Ceplac e CIC (Centro de Inovação do Cacau);
- Dia 12: Assentamento 2 Riachões;
- Dia 13: Ceplac (pulverização), Fazenda Yrerê (agroturismo) e Associação Tabôa;
- Dia 14: Visita à Chocolateria Dengo.
Fonte:Mercado do Cacau
*Com informações do Governo Espírito Santo