Lucro global da Cargill tem forte aumento

 

A multinacional americana Cargill, maior empresa de agronegócios no mundo, registrou um aumento expressivo em seu lucro líquido no terceiro trimestre do ano-fiscal 2015, encerrado em 28 de fevereiro. Foram US$ 425 milhões, incremento de 33% em relação aos US$ 319 milhões registrados no mesmo período do exercício anterior. O avanço foi puxado pelo segmento de carnes, que cresce na esteira do apetite global por proteína animal – e a despeito da desaceleração econômica em vários mercados.

 

Segundo balanço divulgado, a multinacional obteve um lucro de US$ 1,63 bilhão no acumulado dos nove primeiros meses deste ano fiscal, também 13% superior quando comparado ao mesmo intervalo do ano fiscal anterior. O faturamento no trimestre, no entanto, caiu 11%, em linha com a queda dos preços dos grãos, para US$ 28,4 bilhões. Nos nove meses, totalizou US$ 92 bilhões.

 

De capital fechado e sediada em Mineápolis, a Cargill é uma empresa familiar que atua em setores como originação e comercialização de grãos, processamento de alimentos, comercialização de sal, energia e ainda na criação e abate de animais – como os frangos que viram nuggets do McDonald’s.

 

No negócio de carnes, tem se beneficiado sobretudo com a seca que assola a Austrália, um grande mercado para a companhia. A falta de água tem levado os pecuaristas do país a se desfazer mais rapidamente de seus bovinos, vendendo-os mais cedo para o abate. E quanto mais animais, maior a oferta e, consequentemente, maior a lucratividade de seus frigoríficos.

 

Além da seca, a desvalorização do dólar australiano também tem impulsionado as exportações desde o país para os EUA – que consomem essa carne em hambúrgueres – e para a Ásia. A Austrália é o principal fornecedor de carne bovina para a China, onde o consumo de proteínas animais quintuplicou nos últimos três anos.

 

Segundo o presidente e CEO da companhia, David MacLennan, a forte performance nos segmentos de carnes e nutrição animal alavancaram os resultados da companhia como um todo. Mas a desaceleração econômica no Brasil, na China e na Indonésia, combinada à alta do dólar, afetaram as margens da companhia no segmento de Food Ingredients & Applications. A divisão reúne os negócios de açúcar, amido, farinhas e cacau.

 

Sem detalhar financeiramente suas divisões, a companhia afirmou que as vendas de aves cresceram na América Central, assim como a comercialização de grãos, impulsionada pela demanda chinesa por farelo de soja americano.

 

O processamento de carnes na América do Norte também sofreu com o excesso de capacidade nesse período, iniciado com a recuperação dos rebanhos após anos de queda no número de animais.

 

"Mas vimos uma revigorada no negócio de energia, que ganhou ímpeto devido a mudanças estratégicas que realizamos no ano anterior", disse o CEO da Cargill. Fonte: Valor

Curtiu esse post? Compartilhe com os amigos!

Facebook
Twitter
LinkedIn
WhatsApp
Telegram

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *