O fotógrafo e antropólogo Emiliano Dantas lança nesta terça-feira (22), no auditório da Faculdade de Tecnologia e Ciências em Itabuna, a partir das 19h, o livro Meeiros do cacau do sul da Bahia. O livro é resultado de um estudo feito durante a pesquisa de mestrado, na Universidade Federal de Pernambuco, no Programa de Pós-Graduação em Antropologia.
“O sul da Bahia é região de histórias sobre heróis, desbravadores em terras de índios incrustadas na Mata Atlântica. Homens creditados pelo mérito da monocultura do cacau, da riqueza e da violência. O livro não é uma das tantas ficções baianas, é uma etnografia sobre pessoas que se intitulam meeiros, os habitantes da região, que dão sentidos à terra, ao tempo e à lida com a mesma intimidade que colhem e saboreiam o chamado fruto de ouro”, diz o autor.
O livro também conta parte da história da Fazenda Leolinda, do premiado cacauicultor, João Tavares. O autor se preocupou em perceber “comportamentos, relações e reciprocidades de um grupo autônomo, pois se consideram livres e donos do seu tempo. Neste contexto, o termo meeiro não define apenas uma categoria de trabalho, é uma opção de vida – viver no tempo da roça”, conta.
Emiliano Ferreira Dantas
É mestre em Antropologia pela Universidade Federal de Pernambuco/UFPE (2014) e Bacharel em Comunicação Social com habilitação em Fotografia pelas Faculdades Integradas Barros Melo/AESO (2011). Atualmente é professor assistente I na AESO. Atua desde 2014 como Consultor técnico no projeto Inventário Imagético do Museu do Homem do Nordeste-MUHNE/Fundação Joaquim Nabuco-FUNDAJ, como pesquisador e fotógrafo da pesquisa Linha de Montagem da Defesa Social sob Focos de Lentes (2012, 2013). Foi curador, em 2010 e 2012, do Theória (MUHNE/FUNDAJ), um evento de fotografias que discute imagem, museologia e ciências sociais. Em 2014, fez a curadoria para exposição Cor à Pele, na galeria Janete Costa. Expôs, em 2011, ensaios fotográficos individuais na galeria Baobá/FUNDAJ, sobre o Presídio Feminino Bom Pastor (Recife/PE), e no Museu da Abolição do IPHAN, uma série de retratos sobre os mestres do Coco do Amaro Branco (Olinda/PE).