Mercado de Cacau Enfrenta Volatilidade Antecipando Período de Liquidação Física

Por: Claudemir Zafalon

O mercado de cacau tem mostrado volatilidade significativa nas sessões que antecedem o período de liquidação física, marcado para o dia 26 de agosto. Com a rolagem das posições do contrato de setembro praticamente concluída, restam cerca de 8 mil contratos abertos e apenas cinco sessões para as entregas.

Nas últimas sessões, o diferencial entre os contratos de setembro e dezembro sofreu um estreitamento considerável, caindo de 2 mil pontos para 1.537 pontos. O contrato de dezembro, por sua vez, permanece consolidado em um intervalo estreito entre $6.900 e $7.200, refletindo um mercado em compasso de espera.

Projeções de Produção e Exportação

A Bolsa de Cacau e Café dos Camarões, que é o quinto maior produtor mundial, divulgou esta semana suas estimativas para a safra 2023/24. A expectativa é de que a produção atinja aproximadamente 266.725 toneladas, o que representa um aumento de 1,2% em relação à safra anterior.

Já a Bolsa da Nigéria, o sexto maior produtor, apresentou dados das exportações de junho, que alcançaram 14.465 toneladas, marcando um crescimento expressivo de 18% em relação ao mesmo período do ano anterior.

Estoque Certificado

Nos armazéns certificados pelo ICE, os estoques de cacau somam atualmente 2.734.800 sacas. Esses estoques desempenham um papel crucial no equilíbrio do mercado, influenciando tanto os preços futuros quanto as decisões de comercialização dos produtores e exportadores.

O cenário atual do mercado de cacau é marcado pela cautela, com os agentes monitorando de perto as movimentações antes da liquidação física. A combinação de volatilidade, estreitamento de diferenciais e consolidação de preços aponta para um período de incertezas, onde a atenção aos indicadores de produção e exportação será essencial para a tomada de decisões estratégicas.

Fonte: mercadodocacau

Curtiu esse post? Compartilhe com os amigos!

Facebook
Twitter
LinkedIn
WhatsApp
Telegram

1 Comment

  1. António Manuel Pinheiro disse:

    Como a queda de produção na Costa do Marfim e em Gana tem queda recorde, agora tentam esticar as da Nigéria e de Camarões. Também querem mostrar o equilíbrio do cumprimento dos contratos, o que se sabe é bem diferente. E os estoques, quem garantiu? Tudo para puxar a queda dos preços. Mas a informação está aí em tempo real e um pouco mais para a frente, vai ocorrer o costume: as informações estavam deturpadas! Sempre foi assim! Esse ramo, tende comumente ter seus defensores! Mas a Internet está aí. Aguardem!

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *