Mercado Global em Alerta: Expectativa de Acordo EUA-Reino Unido e Alta no Cacau Movimentam os Investidores

Por: Claudemir Zafalon

Nesta quinta-feira (8), as atenções do mercado internacional se voltaram para a Grã-Bretanha, com o anúncio iminente de um “grande acordo comercial” entre os Estados Unidos e o Reino Unido, prometido pelo presidente norte-americano Donald Trump. O acordo é visto como um possível alívio significativo para os exportadores britânicos, em meio a um cenário econômico incerto e à iminente decisão do Banco da Inglaterra de cortar as taxas de juros, em tentativa de estimular a economia.

Enquanto isso, no mercado de commodities, o destaque ficou por conta do cacau, que voltou a disparar. O contrato de julho experimentou mais um rali e se aproximou da importante zona de resistência entre $9400 e $9500 por tonelada. A sessão foi marcada por forte volatilidade, com mínima de $8830 e máxima de $9235, encerrando o dia em $9188/tonelada, uma alta expressiva de $273. O volume negociado somou 7779 contratos, com um total de 18.920 contratos registrados no dia. O interesse em aberto aumentou em 2144 contratos, alcançando 93.061, o que indica maior apetite dos investidores pelo ativo.

Nos portos dos EUA, os estoques certificados monitorados pela ICE registraram leve avanço, totalizando agora 2.107.210 sacas. Já a liquidação física do contrato de maio permanece inalterada, com 1.085 contratos entregues.

No mercado cambial, o contrato futuro do real frente ao dólar, com vencimento em 31 de junho na CME, recuou e está sendo cotado a $5,755. O movimento reflete a manutenção da taxa de juros pelo Federal Reserve (Fed), contrastando com a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Brasil, que elevou a Selic para 14,75% ao ano.

Nesta quinta-feira também são aguardados indicadores importantes da economia norte-americana, incluindo os pedidos semanais de auxílio-desemprego e os dados de produtividade. Esses números devem influenciar o humor dos mercados e fornecer novas pistas sobre os próximos passos da política monetária dos EUA.

No continente africano, Gana mostra sinais de alívio no combate à inflação. Em abril, a taxa anual recuou para 21,2%, ante 22,4% em março, marcando o quarto mês seguido de desaceleração. A queda foi atribuída à moderação dos preços de alimentos e itens não alimentícios, conforme destacou o estatístico-chefe Alhassan Iddrisu.

Mesmo com a redução, os índices seguem acima da meta do banco central de 8%, com tolerância de dois pontos percentuais para mais ou menos. Em resposta, o governador Johnson Asiama afirmou que a política monetária continuará restritiva. Em março, o país elevou inesperadamente as taxas de juros, e o impacto da medida será reavaliado na próxima reunião do comitê monetário.

O ministro das Finanças, Cassiel Ato Forson, afirmou que cortes rigorosos nos gastos públicos são o caminho escolhido para alcançar a meta de inflação de 11,9% até o fim do ano.

Com dados estatísticos de produtividade e pedidos de auxílio-desemprego nos EUA previstos para hoje, os mercados devem seguir atentos às próximas sinalizações econômicas, especialmente em um ambiente global ainda incerto e repleto de desafios geopolíticos e financeiros.

Fonte: mercadodocacau

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