Mesmo com a produção brasileira de cacau aumentando anualmente, o país ainda não é autossuficiente e não atende totalmente a demanda da indústria. Em 2014 as moagens das indústrias somaram 233.672,5t. A produção de cacau no ano chegou a 218.471,6t e foram importadas 38.042,1t da amêndoa. Já no ano anterior, as moagens totalizaram 239.151,1 t, foram produzidas 194.381,5t de cacau e o país importou 17.003,6 t.
Com a safra de 2014 maior e o aumento nas importações, as indústrias geram excedentes que auxiliam na queda de diferenciais, que estiveram a níveis de US$ 580 nos últimos quatro anos, em 2014 chegaram a US$ 370 e foram cotados na última semana a US$-50. Mesmo estando na entressafra, muitos produtores possuem estoques de cacau já entregues à indústria e não conseguem obter preços mais altos, devido aos diferenciais negativos que estão sendo pagos em função dos altos estoques.
Aumento da produção
A expectativa é que, a médio e longo prazo, as importações diminuam, pois a oferta interna tende a crescer e o Brasil poderá sair da condição de importador para se tornar exportador. Esse crescimento tem como base a melhora dos preços internos, o que proporcionou a retomada da produção de cacau, a intensificação dos tratos culturais nas fazendas, além do aumento da produção no Pará e o surgimento de plantações experimentais em pequena escala no norte de Minas Gerais, Ceará e Sergipe.
Além disso, segundo um renomado consultor de mercado do segmento de irrigação, um fundo internacional está plantando uma área experimental de 3 mil hectares no Piauí, com o objetivo de produzir de 1,5 a 3 toneladas por hectare. Fonte: Mercado do Cacau