Moagem de cacau da Costa do Marfim despenca 31,2% em julho diante de baixa qualidade e falta de grãos

A moagem de cacau na Costa do Marfim caiu 31,2% em julho, na comparação com o mesmo mês do ano passado, totalizando 39.301 toneladas métricas, segundo dados divulgados nesta segunda-feira (18) pela associação de exportadores GEPEX. O recuo reflete a combinação de baixa qualidade dos grãos e menores volumes da safra média, fatores que pressionam toda a cadeia de processamento.

Desde o início da temporada 2024/25, em outubro, até o final de julho, a moagem atingiu 515.055 toneladas, o que representa uma queda de 4% em relação ao mesmo período da temporada anterior.

Executivos do setor afirmam que a forte contração em julho foi causada, sobretudo, pela mediocridade dos grãos disponíveis.

“Eles estão medíocres este ano, por isso estamos rejeitando uma grande quantidade devido à falta de gordura e ao alto nível de acidez”, explicou o diretor de uma empresa internacional de moagem com sede em San Pedro.

Entre 1º de abril e 17 de agosto, as chegadas de grãos de cacau aos portos de Abidjan e San Pedro somaram apenas 350.000 toneladas, uma queda de 30% em relação às cerca de 500.000 toneladas registradas no mesmo período do ano passado, de acordo com exportadores.

A escassez de matéria-prima também levou os moedores a esgotar seus estoques.

“Estamos esperando outubro para obter bons grãos para reconstruir todos os nossos estoques e retornar ao nível de moagem do período, ou seja, pouco mais de 58.000 toneladas por mês”, disse o diretor de uma empresa de moagem com sede em Abidjan. “Isso exigirá que sejamos agressivos em nossas compras desde o início da temporada.”

Os números da GEPEX abrangem seis das maiores companhias de moagem que atuam na Costa do Marfim, incluindo Barry Callebaut, Olam e Cargill Inc..

Com capacidade total de moagem estimada em 750.000 toneladas anuais, a Costa do Marfim é não apenas o maior produtor mundial de cacau, mas também disputa com a Holanda a liderança global em processamento.

Fonte: mercadodocacau com informações reuters

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