A Costa do Marfim, maior produtora mundial de cacau, registrou um aumento significativo de 16,1% na moagem de cacau em novembro de 2024 em comparação ao mesmo mês do ano anterior, atingindo um total de 60.694 toneladas. Os números, divulgados pela associação de exportadores GEPEX, refletem a força crescente do setor no país.

Desde o início da temporada 2024/25, em outubro, a moagem acumulada atingiu 119.777 toneladas até o final de novembro, um avanço de 1,6% em relação ao mesmo período da temporada anterior. Este desempenho reforça o papel da Costa do Marfim não apenas como líder em produção de cacau, mas também como um dos principais centros de processamento global, competindo diretamente com a Holanda.

Os dados da GEPEX englobam as atividades de seis das maiores empresas de moagem do setor, incluindo gigantes como Barry Callebaut, Olam e Cargill Inc. A capacidade total instalada de moagem do país é de impressionantes 712.000 toneladas por ano, posicionando-o estrategicamente como um hub essencial para o mercado global de cacau.

Mercado Global e Implicações

O aumento na moagem é um indicador positivo para o setor, destacando a estabilidade e o crescimento da demanda por produtos de cacau processado. Este desempenho ganha ainda mais relevância em um contexto de desafios climáticos e flutuações econômicas que frequentemente impactam a cadeia produtiva.

Com uma infraestrutura robusta e investimentos contínuos, a Costa do Marfim consolida sua posição não apenas como fornecedora de matéria-prima, mas também como protagonista no processamento de cacau. O crescimento recente deve estimular ainda mais a competitividade no mercado global e reforçar a importância do país na cadeia de valor do chocolate.

A evolução será monitorada de perto por analistas do setor, já que o desempenho na moagem pode sinalizar tendências para a temporada 2024/25, tanto em termos de oferta quanto de preços no mercado internacional.

Fonte: mercadodocacau com informações reuters