Moagem de cacau na Costa do Marfim recua 4,7% em fevereiro e acende alerta no setor

A moagem de cacau na Costa do Marfim registrou uma queda de 4,7% em fevereiro de 2025, totalizando 52.461 toneladas métricas, segundo dados divulgados pela associação de exportadores GEPEX na quarta-feira (19/03). O recuo reforça preocupações sobre os desafios enfrentados pela indústria de processamento no maior produtor mundial da commodity.

No acumulado da temporada 2024/25, que teve início em outubro, a moagem totalizou 298.010 toneladas, representando uma leve retração de 0,3% em relação ao mesmo período da temporada anterior. Apesar de ser um declínio moderado, a tendência levanta questões sobre a capacidade do setor de manter a competitividade global, especialmente em um mercado que oscila entre oferta e demanda.

Os dados do GEPEX abrangem seis das maiores empresas de moagem que operam no país, incluindo gigantes do setor como Barry Callebaut, Olam e Cargill. A Costa do Marfim possui uma capacidade total de moagem de 712.000 toneladas e disputa com a Holanda o posto de maior processador mundial de cacau.

O declínio nos volumes pode estar associado a uma combinação de fatores, como desafios logísticos, oscilações nos preços do cacau e possíveis impactos climáticos na produção. Além disso, a política agrícola do país e os custos de energia também são fatores que influenciam diretamente o ritmo de processamento.

Especialistas do setor monitoram a situação de perto, atentos às movimentações do mercado internacional e às medidas que poderão ser adotadas pelo governo marfinense e pela indústria para mitigar possíveis impactos no restante da temporada. A competitividade do país como líder global no setor de cacau dependerá, em grande parte, da capacidade de adaptação às novas dinâmicas econômicas e produtivas.

Fonte: mercadodocacau com informações reuters

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