A moagem de cacau na Costa do Marfim sofreu uma leve retração de 0,2% no mês de janeiro, totalizando 63.225 toneladas, segundo dados divulgados pela associação de exportadores GEPEX na última quinta-feira. Apesar da queda no comparativo mensal, o desempenho acumulado desde o início da temporada 2024/25, em outubro, indica uma leve alta de 0,7%, com 245.549 toneladas processadas até o final de janeiro.
Os números do GEPEX refletem a atividade de seis das maiores empresas de moagem do país, entre elas gigantes do setor como Barry Callebaut, Olam e Cargill. A Costa do Marfim, maior produtora mundial de cacau, possui uma capacidade total de moagem de 712.000 toneladas, competindo diretamente com a Holanda pelo posto de maior processadora global da commodity.
A leve retração observada em janeiro ocorre em um momento de atenção para o mercado de cacau, que acompanha de perto fatores como oferta de grãos, condições climáticas e oscilações na demanda global por derivados do cacau. Analistas avaliam que, apesar do desempenho positivo no acumulado da temporada, o setor segue monitorando desafios estruturais e logísticos que podem impactar a moagem ao longo dos próximos meses.
A Costa do Marfim mantém sua posição estratégica no mercado internacional, sendo peça-chave no fornecimento de cacau processado para grandes indústrias de chocolate e confeitaria ao redor do mundo. Com a concorrência acirrada e a busca por maior agregação de valor na cadeia produtiva, o país segue investindo em sua capacidade industrial para consolidar sua influência no setor.
Fonte: mercadodocacau com informações reuters