A indústria de processamento de cacau da Costa do Marfim registrou uma forte retração em agosto, com queda de 36,2% nas moagens em relação ao mesmo mês do ano anterior. Segundo dados divulgados nesta segunda-feira pela associação de exportadores GEPEX, foram processadas apenas 39.276 toneladas de grãos no período, um volume significativamente inferior ao de 2023.
Desde o início da atual temporada 2024/25, em outubro, o total processado atingiu 554.430 toneladas, o que representa uma diminuição de 7,3% frente ao mesmo intervalo da temporada passada. O levantamento da GEPEX inclui informações das seis maiores companhias moedoras que atuam no país, entre elas Barry Callebaut, Olam e Cargill Inc., responsáveis por grande parte da transformação do grão em derivados como manteiga, massa e licor de cacau.
A Costa do Marfim, que possui capacidade instalada de moagem em torno de 750.000 toneladas anuais, é não apenas o maior produtor mundial de cacau, mas também rivaliza com a Holanda como principal polo de processamento do planeta. A acentuada queda nas moagens sinaliza possíveis impactos no equilíbrio da oferta global de produtos industrializados de cacau, em um momento de preços historicamente elevados e de forte atenção do mercado internacional.
Fonte: mercadodocacau com informações reuters