Gigante do setor alimentício justifica resultados em preços globais mais fracos e pouca demanda em mercados importantes
A Nestlé registrou lucro líquido de 4,1 bilhões de francos suíços (US$ 4,26 bilhões) no primeiro semestre de 2016, uma retração de 8,9% na comparação com os 4,5 bilhões de francos suíços reportados em igual intervalo do ano passado. O resultado, segundo a empresa, foi influenciado pelos fracos preços globais, pouca demanda em mercados importantes como a China e a valorização do franco suíço.
Nos primeiros seis meses do ano, a empresa registrou uma receita de 43,2 bilhões de francos suíços (US$ 44,9 bilhões), um crescimento orgânico (que ignora os efeitos das mudanças cambiais, aquisições e desinvestimentos) de 3,5% e real de 2,8%. As vendas orgânicas cresceram 4,7% no continente americano, 2,5% na Europa, Oriente Médio e Norte da África. Já na Ásia, Oceania e África subsaariana cresceu 2,3%. “Na China, o crescimento no mercado de alimentos e bebidas abrandou significativamente”, informou a Nestlé.
Como outras grandes empresas mundiais, a Nestlé enfrenta também desafios demográficos e globais como o crescimento nos mercados emergentes, o envelhecimento das economias avançadas e também os novos gostos dos consumidores, que mostram preferência cada vez mais pela nutrição saudável e produção local. As vendas da Nestlé também foram prejudicadas nos recentes anos pela valorização do franco suíço, que fez a empresa perder força em mercados importantes, como China e Europa.
“Os preços atingiram um nível historicamente baixo, por causa de cenários deflacionários em toda uma série de mercados desenvolvidos e os baixos preços das commodities”, disse a Nestlé.
No primeiro semestre do ano passado os números também caíram se comparado com igual período de 2014, em que o lucro líquido recuou 2,5% e a receita apresentou leve queda de 42,98 bilhões de francos suíços para 42,84 bilhões. A empresa também enfrentou um problema que vai além do mercado em meados do ano passado, quando teve que retirar o macarrão Maggi das prateleiras da Índia após alguns reguladores alegarem que as embalagens continham excesso de chumbo. Fonte: Globo