“O gosto pelo trabalho no campo vem de família”, conta jovem agricultor

Como agricultor familiar, Lázaro de Oliveira Leite, 28 anos, sustenta a casa onde mora com a mulher Sara de Oliveira Leite, 20, no município de Barbalha, no Ceará, a 550 quilômetros da capital Fortaleza. Ele produz palmeiras ornamentais, prática que o encantou durante um estágio no colégio agrícola.

 

A produção começou em 2006, quando o jovem acessou o crédito rural do Governo Federal pela primeira vez. À época tinha apenas 21 anos. Com o dinheiro do Pronaf Jovem, comprou as mudas matrizes e a tela para o sombreamento das plantas. Em 2007, ele fez outro financiamento, dessa vez pelo Pronaf C para investir em irrigação.

 

Todo o trabalho é realizado em uma estufa que ocupa parte da propriedade de três hectares do pai, que também é agricultor familiar e cultiva frutas. “O gosto pelo trabalho no campo vem de família”, conta.

 

O prazer em viver no campo é o que estimula Lázaro a aumentar a produção. Como vende a maior parte das mudas em atacado e às vezes precisa percorrer mais de 20 quilômetros para entregá-las, o jovem pretende investir ainda mais. O plano é recorrer ao Mais Alimentos. “Em 2015, quero comprar um veículo para transportar as mudas”.

 

E no que depender de Lázaro e da mulher Sara, a tendência é continuar prosperando. O casal quer ter filhos e transferir a eles o amor que sentem pelo ofício. “Queremos que eles continuem aqui.”

 

Avanços para a juventude rural

 

Plano Safra 2014/2015 – No Plano Safra da Agricultura Familiar 2014/2015, os jovens passaram a contar com mais possibilidades de acesso ao crédito do Pronaf. O número de operações permitidas aumentou de uma para três. O limite é de até R$ 15 mil por contrato (totalizando R$ 45 mil). Os encargos financeiros são de 1% ao ano, o prazo de pagamento é de até 10 anos e até cinco de carência.

 

Nossa Primeira Terra – Com juros de 1% ao ano e um prazo de até 35 anos para pagar a terra, a linha Nossa Primeira Terra (NPT) do Programa Nacional de Crédito Fundiário (PNCF) é uma alternativa de acesso à terra para juventude rural. É destinada a jovens, com idade entre 18 e 29 anos, filhos de agricultores familiares e/ou provenientes de escolas agrotécnicas e centros familiares de formação por alternância, que queiram viabilizar o próprio projeto de vida no meio rural.

 

O PNCF disponibiliza ainda um recurso adicional de R$ 3 mil reais para jovens rurais, cadastrados no CADÚnico, que acessam o programa pela linha de Combate à Pobreza Rural por meio de uma associação. Das 135 mil famílias beneficiadas pelo programa, 31% são jovens.

 

Mais conquistas – A Presidência da República aprovou, em 2014, novas regras para o PNCF, entre elas a Lei Complementar 145, que permite a compra entre herdeiros do imóvel rural, objeto de partilha, pelo programa Nacional de Crédito Fundiário facilitando assim, a sucessão rural.

 

Reforma agrária – Os jovens do meio rural, a partir de 2013, passaram a ter direito a 5% dos lotes da reforma agrária em todo o Brasil. Com isso, o governo assegura, nos assentamentos com vinte lotes ou mais, a permanência (ou o retorno ao campo) de jovens trabalhadores rurais solteiros até 29 anos, residentes ou com origem no meio rural. A juventude rural representa 39% do público da reforma agrária.

 

Formação agroecológica – Em 2014, o governo criou o Programa de Fortalecimento da Autonomia Econômica e Social da Juventude Rural. A iniciativa reúne diversas ações interministeriais para melhorar a vida dos jovens brasileiros que vivem no campo. Pelo acordo, o MDA fica responsável pela Formação Agroecológica e Cidadã de Juventudes do Campo, em uma parceria entre o Ministério e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) com ênfase nas regiões amazônica e semiárida. Fonte: Ascom MDA

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