Para manter a produção, em meio à crise econômica, o setor de chocolates teve que adotar novas estratégias, diz Abicab

Primeiro, as boas notícias em meio à crise econômica. Por causa da tradicional festa de Páscoa, a indústria do chocolate, através dos ovos que são dados em forma de presente, adotou uma estratégia diferente para manter a mesma produção (20 mil toneladas) do ano passado, mas com um número maior de ovos (passa de 80 milhões, em 2015, para 95 milhões, agora).

Outra boa notícia é a de que a indústria de ovos de Páscoa empregou, mesmo de forma temporária, neste ano, 29 mil pessoas, o que significa três mil a mais do que em 2015. A maioria deles está trabalhando desde o começo do ano, tanto na produção quanto na instalação de pontos de venda e de promoção, como acontece todo ano, mas, agora, com mais ênfase.

O vice-presidente de chocolate da Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Cacau, Amendoim, Balas e Derivados (Abicab), Ubiracy Fonseca, responde a principal dúvida. Apesar da crise, como é que neste ano tem 15 milhões a mais de ovos de Páscoa para serem comprados?

“Isto foi necessário para o momento econômico que estamos vivendo. Nossa estratégia neste ano mudou para a produção de ovos de Páscoa menores. Portanto, neste ano teremos uma oferta de ovos menores. Claro que haverá ovos grandes, mas só de lançamentos nós estamos oferecendo 146 novos produtos ao mercado, com centenas de opções de compras pelo consumidor”.

Ainda na parte otimista dentro da crise econômica, o diretor da Abicab destaca que o Brasil em breve volta a ser auto-suficiente na produção de cacau, graças à recuperação da Bahia e, principalmente, da maior produtividade do cacau colhido no Pará, na Transamazônica. De qualquer forma,  hoje em dia, nos ovos de Páscoa, 95% do cacau são colhidos no Brasil. Com destaque, lembra, para a Amazônia, que estará bastante presente nesta Páscoa. Fonte: Radios EBC