Nesta terça-feira (24), os preços do cacau chegaram ao seu 15º dia consecutivo de alta. Segundo o analista de mercado Thomas Hartmann, o movimento vem sendo estimulado por rumores de uma possível quebra das safras africanas. Assim como aconteceu na segunda-feira, as bolsas abriram o dia com uma pequena alta, cederam em seguida, quando as origens africanas iniciaram suas campanhas diárias de vendas, e retomaram a tendência ascendente a partir do meio do dia com a entrada dos fundos especulativos do lado comprador.

O contrato de Maio/15 em Nova Iorque fechou com ganho de $16 no horário oficial cotado a $3017 e terminou o dia em $3010. O mesmo contrato em Londres subiu £8 para fechar em £2030. Os volumes negociados somaram 36.173 contratos em Londres e cerca de 28.500 em Nova Iorque.

Temporão da Bahia deve superar 1,5 milhão de sacas

A colheita de cacau chegou a atingir 350 mil toneladas em 1989/90, mas caiu nos anos seguintes, por conta da chegada da vassoura de bruxa na Bahia, e chegou a 123.500 toneladas em 1999/2000. No entanto, este cenário está se modificando e a produção vem sendo retomada. As previsões para a safra temporã, que vai de maio a setembro, são otimistas e a expectativa é que sejam colhidas mais de 1,5 milhão de sacas.

Essa mudança de cenário só é possível graças à forte demanda interna e aos importantes avanços em pesquisa que tem ajudado os agricultores a combaterem e conviverem melhor com a praga. Fatores como a utilização de fertilizantes que visam à nutrição e indução de resistência das plantas também tem ampliado o cenário produtivo no país. Fonte: Mercado do Cacau