“A situação do mercado é de desabastecimento. Os preços disparam nas lavouras e devem chegar ao varejo nos próximos dias”. O alerta é feito por Marcelo Eduardo Lüders, presidente do Ibrafe (Instituto Brasileiro do Feijão e Pulses) e diretor do Cisa (Centro de Informação e Serviços do Agronegócio) e da Correpar.
O especialista aponta pelo menos dois motivos: o primeiro é que o “Governo Federal abandonou o produtor no ano passado. Garantiu, antes do plantio da safra, que os produtores teriam o amparo do preço mínimo de R$ 95 mas, no momento da colheita, ‘empurrou com a barriga’ sempre postergando a liberação dos recursos. Por fim, os produtores chegaram a vender sua colheita por R$ 40, devido a concentração de ofertas. O resultado foi a menor área plantada da história, que foi colhida em janeiro”, afirma ele.
O segundo, de acordo com Lüders, é “a estiagem que afetou a produtividade desta menor área plantada. Isto vem ocorrendo ainda em Minas Gerais e Goiás. Esta estiagem também afetará a área semeada da segunda safra brasileira, que precisaria ser plantada a partir de agora”. Fonte: Agrolink