De acordo com dados da Associação Brasileira da Indústria de Chocolate, Cacau, Amendoim, Balas e Derivados (Abicab), o inverno representa 29% da produção de chocolate de todo o ano
O alimento cai bem em qualquer estação. No entanto, o preço do chocolate não vai ficar tão doce, já neste mês junho. No Espírito Santo, a comercialização do doce derivado do cacau deve ficar 36% mais caro.
De acordo com dados da Associação Brasileira da Indústria de Chocolate, Cacau, Amendoim, Balas e Derivados (Abicab), o inverno representa 29% da produção de chocolate de todo o ano. No entanto, fatores como a elevação do dólar contribuem para a elevação dos preços.
"Com a alta do dólar o produto ficará mais caro neste período, pois a matéria prima é cotada em dólar e na bolsa de valores de Nova York. O valor deve ser de R$50 a R$125 o quilo, variando de acordo com o tipo de cacau utilizado", diz o diretor do Sindicato das Indústrias de Cacau do Espírito Santo (Sindicacau-ES), Paulo Gonçalves.
Segundo Gonçalves, apesar deste cenário econômico estar instalado desde o início do ano, como a alta do dólar, os preços ainda não foram repassados ao consumidor final. “O comércio estava vendendo o que havia no estoque. Quando acabar e entrarem os produtos novos os preços terão que ser repassados”, afirma Gonçalves.
Vale lembrar que a produção do chocolate no Espírito Santo caiu pela metade nos últimos anos. Em 2011 foram produzidas 8.1 mil toneladas de cacau, ano passado essa produção caiu para 4.7 mil toneladas.
Déficit de chocolate: para o ano de 2020, fala-se de um déficit de um milhão de toneladas da fruta, informou o diretor executivo da Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira do Espírito Santo (Ceplac), Eupidio Francisco Neto, em entrevista para o jornal online Folha Vitória, em novembro de 2014. O Espírito Santo chegou a produzir na década de 1990 mais de 12 mil toneladas da fruta. Fonte: Folha Vitoria