Produção brasileira de algodão deve cair 10% em 2015

Após queda nos preços no mercado internacional do algodão no segundo semestre de 2014, o setor segue desvalorizado e a produção da pluma deve ser afetada este ano. Na China, a baixa deve ser 7%, com 6,4 milhões de toneladas. No Brasil, a redução pode ser de até 10%, para 1,5 milhões de toneladas. As perspectivas foram divulgadas pelo Rabobank nesta quinta-feira (29/1).

Outros países devem ter problemas na produção de algodão, especialmente pela forte estiagem que atinge a Austrália, que deve perder até 50% da safra. A Índia também sofre com o clima, mas deve seguir com colheita totalizando 6,8 milhões de toneladas.

Há um aumento na demanda do produto, o que deve ajudar a estimular a indústria. Na China, o Rabobank estima alta de 6% no consumo, chegando a 8 milhões de toneladas. "Apesar da expectativa de elevação na demanda, um excedente global de 1,7 milhão de toneladas ainda é esperado para 2014/2015. Dessa maneira, os estoques mundiais devem chegar a 21,3 milhões de toneladas, aumento de 9% ante a 2013/2014", afirma o banco.

 

Para equilibrar o mercado e compensar o declínio de outros países, os Estados Unidos devem ampliar em 23% o volume da safra, chegando a 3,5 milhões de toneladas.

 

Perspectivas

 

Mesmo com a alta dos estoques mundiais, "a relação estoque/consumo global média deverá manter-se bastante elevada em 2014/2015, próxima a 87%". Esse número é o dobro da média dos últimos 20 anos, que indica forte pressão do preço da pluma no mercado mundial.

 

Nessa briga, os agricultores brasileiros devem exportar mais no primeiro trimestre de 2015 devido a alta do dólar e desvalorização contínua do real. "Segundo estimativas da ICAC, as vendas externas de algodão do Brasil poderão aumentar 25%, para 606 mil toneladas, recuperando parte da queda de 48% nos embarques registrados em 2013/2014". Esse cenário ajuda a proteger as margens do campo. Fonte: Globo Rural

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