A Organização Internacional do Cacau tem sinalizado o potencial para uma recuperação acentuada na produção de cacau em Gana na próxima temporada, o segundo maior produtor mundial de cacau, ao mesmo tempo em que reafirmou as expectativas de uma queda de mais de 20% nesta temporada.

A ICCO disse que enquanto a produção de cacau de Gana nesta temporada deverá cair para "quase" 696.000 toneladas, a principal cultura em 2015-16 "deverá se recuperar".

A organização citou a jogada de regulador de cacau de Gana, Cocobod, para reverter a saída do país, que superou 1 milhão de toneladas em 2011. Cocobod "intensificou sua estratégia para manter e aumentar significativamente a produção de cacau no país através de uma variedade de iniciativas", disse a ICCO.

Ele destacou um programa para “distribuição de fertilizantes gratuitos e mudas de cacaueiros, pulverização em massa de fazendas de cacau, bem como a introdução de uma nova geração de agricultores em associações de agricultores de cacau”.

‘Margens sob pressão crescente’

Os comentários foram feitos como a organização reduziu sua estimativa para o défice de produção de cacau mundial em 2014-15, numa base outubro a setembro, por 23m de toneladas para 15 milhões de toneladas.

A estimativa para a produção mundial de cacau foi cortada por 10 milhões de toneladas de 4.16m toneladas, refletindo as estimativas mais fracas para as colheitas na Nigéria, onde as culturas foram atacadas por infecções e mau tempo, e a Indonésia, que "continua a lutar com doenças e envelhecimento das árvores".

No entanto, a previsão para o consumo foi reduzido em 33 milhões de toneladas, para 4,13m toneladas, em expectativas mais fracas para moagens nas Américas e na Ásia.

"Margens de processamento de cacau têm estado sob crescente pressão… como os preços das amêndoas  segue alta, grandes estoques de cacau em pó, as margens de processamento muito baixos e crescimento moderado da procura de chocolate continua a pesar sobre a atividade", disse a ICCO.

Moagens dos malaios foram indexada em 200.000 toneladas, um downgrade de 23.000 toneladas da estimativa anterior, e uma queda de 23% ano a ano.

Upgrades de Costa do Marfim

No entanto, os downgrades têm disfarçado as estimativas mais altas, tanto para a produção quanto para as moagens na Costa do Marfim, maior produtor do fruto.

A estimativa para volumes de processamento foi levantada por 15.000 toneladas nesta temporada para 560.000 toneladas, um aumento de 41 mil toneladas no ano, refletindo "investimento significativo na capacidade de processamento".

Para a produção, a ICCO cutucou mais elevada a sua estimativa de 10.000 toneladas para 1,75 milhões de toneladas.

"A situação difere entre regiões de cultivo de cacau, com alguns relataram ter tido sua produção impulsionado pelo clima favorável, enquanto em outros, chuvas irregulares tem levantado preocupações sobre a saída e a qualidade do meio-colheita."

No entanto, a ICCO destacou o potencial para uma libertação retardada pelos agricultores de culturas para o mercado, na expectativa de preços mais elevados que regulador de cacau do país considerando pagar no próximo ano – até 150 francos CFA em 1.000 francos CFA ($ 1,67) por quilograma de amêndoa. Fonte: Agrimoney