Modificar o manejo com o cacau para alcançar alta produtividade foi a busca de Antônio Sérgio, administrador de uma fazenda em Ubatã. Ele optou por recuperar toda a área, da calibração do terreno à renovação genética. “O nosso intuito é conseguir uma produção mínima de 100 arrobas por hectare. Nossa meta é conseguir isso até 2016", revela. 

Hoje, a região atinge em média 60 arrobas por hectares, e por isso, a propriedade que está buscando um aumento de 40% em sua produção está virando uma referência com o cultivo do cacau no modelo tradicional da cabruca (cultivo do fruto à sombra da Mata Atlântica). Em 2014 a propriedade foi destaque na Ceplac – órgão responsável pelo setor, proporcionando o título de melhor cacauicultor ao proprietário Rui Benjoíno, por constantes investimentos e melhoria anual de produtividade.  

Além do cacau, é possível encontrar na fazenda o plantio de outras culturas em forma de consórcio, o que já vem apresentando bons resultados, como o aumento da produtividade de cupuaçu, por exemplo, que saiu de 16 para 31 toneladas no ano de 2014.

Com o modelo adotado, aplicação de pacote tecnológico indicado por profissionais e dedicação na lavoura, Antônio Sérgio, observou também uma redução da incidência de doenças e pragas. "Temos uma área aqui que iria ser exterminada. Queríamos começar do zero, porque tinha uma alta incidência de vassoura-de-bruxa. E hoje está tudo limpo. Nós utilizamos a adição de roçagem, desbrota, uma poda mais pesada, enxertia, aplicação do coquetel com o material da Agrichem mais inseticida e também a aplicação do Tricovab e isso tudo está surtindo bastante efeito", afirma.

Com as ações, a propriedade busca mostrar a viabilidade econômica do cacau e estimular outros produtores a investirem em suas lavouras, a fim de permanecer com o título de maior produtor nacional de cacau. 

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Fonte: Mercado do Cacau