As chegadas de cacau aos portos da Costa do Marfim, maior produtor global, atingiram 1,754 milhão de toneladas métricas até o dia 22 de setembro, desde o início da temporada, em 1º de outubro de 2023. Esse número representa uma queda significativa de 24,5% em relação ao mesmo período da safra anterior, de acordo com dados estimados por exportadores.

No mesmo intervalo do ano passado, o volume registrado foi revisado para 2,322 milhões de toneladas, um leve ajuste em relação à estimativa anterior de 2,329 milhões de toneladas. O declínio nas entregas sugere desafios consideráveis na produção e logística do cacau em 2023, o que pode impactar o mercado global e os preços das commodities.

Entre os dias 16 e 22 de setembro deste ano, foram entregues 9.000 toneladas de grãos no porto de Abidjan e 12.000 toneladas em San Pedro, somando 21.000 toneladas. Este número supera amplamente as 2.000 toneladas entregues no mesmo período da safra anterior, sugerindo uma recuperação nas entregas em algumas regiões, mesmo diante do quadro geral de queda.

A Costa do Marfim desempenha um papel crucial no fornecimento de cacau mundial, e a queda no volume de chegadas pode pressionar os mercados internacionais, afetando desde os preços de venda até as margens de lucro de grandes fabricantes de chocolate. Embora a temporada ainda esteja em curso, o declínio observado até agora acende um sinal de alerta para os próximos meses.

Especialistas agora voltam sua atenção para as condições climáticas e possíveis ações governamentais que possam mitigar os impactos dessa queda, visando estabilizar a oferta e evitar flutuações drásticas no mercado.

Fonte: mercadodocacau com informações reuters