Prefeitos e técnicos municipais foram orientados nesta segunda-feira, 11, em Itabuna, pela Superintendência de Proteção e Defesa Civil (SUDEC) e Vigilância Sanitária Ambiental (DIVISA) sobre os procedimentos a serem adotados diante do longo período de estiagem na região Sul da Bahia. Em uma parceria firmada com a Amurc, representantes de cada município continuarão a ser atendidos na sede da entidade pelos profissionais da Defesa Civil do Estado, visando dar celeridade ao processo de encaminhamento e reconhecimento dos Decretos de Situação de Emergência pelo Estado e pela União.
A ideia, segundo o presidente da Amurc e prefeito de Ibicaraí, Lenildo Santana é desenvolver uma frente de trabalho, que visa sensibilizar o Governo do Estado e a União para ações imediatas de mitigação aos impactos da estiagem, a exemplo da aquisição de carros-pipas, perfuração de poços artesianos, construção de adutoras e limpeza de barragens. “Isso facilita o entendimento dessas equipes, melhora a qualidade dos serviços oferecida a população e o reconhecimento destes entes quanto ao Decreto de Situação de Emergência do município”.
Ainda segundo o gestor, o Estado da Bahia já se posicionou tecnicamente favorável ao reconhecimento, dado a gravidade que a região vive. A segunda frente de trabalho é promover uma maior interação dos técnicos municipais com a equipe técnica da Defesa Civil do Estado visando facilitar todos os processos técnicos e burocráticos pertinentes às fases pós-decreto de Situação de Emergência por Estiagem.
De acordo com o superintendente da Sudec, Rodrigo Hita, para o atendimento imediato as demandas de combate a seca, o Governo Federal disponibilizou o recurso na ordem de R$ 8 milhões destinado aos municípios que tiverem sua situação de emergência homologado pelo Governo do Estado e reconhecida pela União. “Estaremos orientando os técnicos municipais através de uma parceria firmada com a Amurc, com o objetivo de solucionar demandas locais que ainda não conseguiram ficar plenamente atendidas nesse processo”, declarou Rodrigo.
O encontro foi também uma oportunidade dos representantes municipais expressarem suas dificuldades locais, assim como o município de Itabuna, que tem captado água na estação de Castelo Novo, onde sofre a influência do mar. Já nos municípios do entorno, a água doce já está escassa nos municípios-sede, distritos e zona rural, a exemplo de Almadina, Barro Preto, Buerarema, Camacan, Coaraci, Ibicuí, Itajuípe, Itaju do Colônia, Ibicaraí, Santa Cruz da Vitória, Uruçuca, Ubaitaba, Firmino Alves, Nova Canaã e Pau Brasil.
“Alguns municípios decretarem emergência e estão pleiteando convênios de aquisição de carros-pipas e alguns específicos, como é o caso de Ibicaraí, que está pleiteando a construção de uma adutora que liga Ibicaraí a barragem de Floresta Azul para fazer com que seja mantido o abastecimento humano regular”, explicou Lenildo.
Ainda estiveram presentes na reunião, representantes do Poder Legislativo dos municípios, a coordenadora da Vigilância Sanitária Ambiental DIVISA/Sesab, Paula Ribeiro, o coordenador adjunto da Sudec, Paulo Sérgio, dirigentes do Serviço de Distribuição de Água nos municípios Sulbaianos, vice-prefeito de Itabuna, Wenceslau Júnior, associações de produtores municipais, e o Consórcio Intermunicipal da Mata Atlântica – Cima.