Seagri discute ações de controle da praga que afeta fruticultura

Com objetivo de discutir ações de controle para a maior praga que afeta a fruticultura, a mosca-das-frutas, no Vale do São Francisco, região compreendida na divisa Bahia e Pernambuco, estiveram reunidos, representando o governador do Estado, Rui Costa, a secretária da Agricultura da Bahia, médica veterinária Fernanda Mendonça, o diretor presidente da Morcamed Brasil, Jair Fernandes e o diretor executivo da Abrasfrutas e assessor técnico da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), José Eduardo Brandão. O presidente da Moscamed apresentou um plano emergencial como proposta de controle das mosca-das-frutas, com os resultados positivos já obtidos na região do Vale do São Francisco que pertence a Pernambuco, onde esse projeto já está sendo implementado.

Essa praga é responsável por prejuízos da ordem de U$ 120 milhões por ano no Brasil, chegando a U$ 2 bilhões no mundo. A infestação atinge todas as culturas implantadas no Vale do São Francisco, com exceção do coco. “Essa é uma demanda que deve ser priorizada e trabalhada com máxima urgência”, afirmou a secretária Fernanda Mendonça, ressaltando que “de forma transversal e participativa, seguindo a linha de pensamento do governo Rui Costa, a Secretaria da Agricultura da Bahia (Seagri), em parceria com a Moscamed Brasil, Adab e outros órgãos do governo do Estado, vai atuar no enfrentamento dos altos índices de infestação, para que não ocorra maior comprometimento da produção”. O diretor da Agência Estadual de Defesa Agropecuária (Adab), Paulo Emílio Torres, reforça que “não adianta o agricultor investir em produção e tecnologia, se não investir na fitossanidade”. 

A região do Vale do São Francisco possui aproximadamente 45 mil hectares, dos quais 17 mil são cultivados por 2.800 agricultores familiares, produzindo em média 98% das frutas que são exportadas no país, com destaque para a manga, que abrange 90% da produção baiana que sai do Brasil. Outra cultura bastante explorada na região é a uva, com fabricação de vinhos jovens de qualidade, a 8 graus de latitude, uma das atividades com maior potencial para a geração de emprego e renda. “As exportações estão aumentando em números e valores, e a expectativa é dobrar essa produção até 2020, para continuarmos trilhando esse caminho viemos buscar o apoio do governo do Estado no controle desta praga”, afirmou José Eduardo Brandão.

 

De acordo com o diretor presidente da Moscamed Brasil, “a proposta é apoiar os produtores de base familiar, que possuem até seis hectares, com o monitoramento e o controle da praga, reduzindo os índices de infestação e a pressão sobre as áreas de produção do Vale do São Francisco”. Ele destaca ainda que “o tratamento biológico que está sendo utilizado no controle da infestação não representa risco à saúde do agricultor ao aplicar o produto”. A Moscamed Brasil é uma Organização Social (OS), sem fins lucrativos, que tem a missão de aportar soluções do ponto de vista tecnológico para a agricultura e saúde pública, notadamente direcionadas ao controle da mosca-das-frutas, e do vetor da dengue, o mosquito aedes aegypti. Fonte: Ascom Seagri

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