Seca na Costa do Marfim Aumenta Temores de Escassez de Cacau

A falta de chuvas na Costa do Marfim está preocupando agricultores e investidores do setor de cacau, aumentando os temores de uma possível escassez de grãos nos próximos meses. A estação seca, que ocorre entre novembro e março, tem sido mais severa do que o normal, com temperaturas elevadas e umidade do solo reduzida, o que já afeta as plantações.

Agricultores locais relataram que a ausência de chuvas significativas pode atrasar o início da safra intermediária, prevista para abril a setembro. Caso o clima seco persista até o final de fevereiro, a produção poderá sofrer um impacto negativo, prejudicando a oferta global de cacau.

Regiões produtoras importantes, como Daloa e Bongouanou, registraram níveis de precipitação muito abaixo da média histórica, o que tem causado o ressecamento das folhas das árvores e sinais de fraqueza nas plantações. Algumas áreas, como Agboville, receberam chuvas acima da média, gerando esperança de recuperação para algumas lavouras, mas o panorama geral ainda inspira cautela.

De acordo com especialistas, se não houver chuvas substanciais nos próximos dias, a qualidade e o volume da colheita intermediária serão comprometidos, pressionando os preços do cacau nos mercados internacionais. Os estoques de cacau monitorados pelo ICE nos portos dos EUA estão atualmente em 1.398.466 sacas, um número que pode sofrer oscilações dependendo da evolução climática na Costa do Marfim.

O mercado de cacau segue apresentando volatilidade e baixa liquidez, como demonstrado na última sessão, onde o contrato para maio oscilou entre US$ 9.738 e US$ 10.066 por tonelada, encerrando o dia cotado a US$ 9.878/t. Apesar do bom volume negociado, a diferença entre os preços de compra e venda (spread) chegou a US$ 30, indicando um mercado sensível a mudanças na oferta.

Diante desse cenário incerto, produtores e investidores seguem atentos às condições climáticas e à evolução da safra na Costa do Marfim, que poderá ditar os rumos do mercado global de cacau nos próximos meses.

Fonte: mercadodocacau com informações reuters

Curtiu esse post? Compartilhe com os amigos!

Facebook
Twitter
LinkedIn
WhatsApp
Telegram

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *