A Páscoa de 2025 promete movimentar ainda mais os corredores dos supermercados brasileiros. Segundo projeção divulgada pela Associação Brasileira de Supermercados (ABRAS), o setor espera um crescimento entre 8% e 12% nas vendas em relação ao mesmo período do ano passado. A estimativa reforça o otimismo do varejo diante de uma recuperação gradual do consumo das famílias e de um cenário macroeconômico mais estável.

O aumento nas vendas é atribuído à leve melhora nos indicadores de confiança do consumidor, ao controle mais rígido da inflação em itens alimentícios e ao aumento da renda disponível em determinados segmentos da população. Segundo o último Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), o grupo “Alimentação e bebidas” vem registrando desaceleração nos reajustes, o que contribui para maior disposição das famílias em consumir produtos típicos da data.

Além disso, a manutenção da taxa básica de juros (Selic) em patamares mais baixos tem facilitado o crédito, permitindo maior acesso ao parcelamento de compras – um fator essencial para o desempenho das vendas de itens com maior valor agregado, como ovos de chocolate artesanais e importados.

As redes supermercadistas também têm investido em formatos variados para atender diferentes faixas de preço e preferências. Ovos de chocolate menores, kits com brindes, versões com personagens infantis e produtos sem lactose ou açúcar estão entre os destaques da temporada. Outra tendência que ganha força é o crescimento das vendas de chocolates artesanais e opções regionais.

Para além dos ovos, produtos como azeites, massas, vinhos, pescados e frutos do mar — com destaque para o tradicional bacalhau — também devem ter desempenho positivo. Supermercados vêm se antecipando com promoções e abastecimento estratégico dos estoques.

A ABRAS também destaca uma mudança no comportamento do consumidor: o consumo antecipado. Muitas famílias têm preferido realizar as compras com antecedência, aproveitando as ofertas de início de campanha e evitando aglomerações. Além disso, o comércio eletrônico e os aplicativos de delivery continuam ganhando espaço nas vendas sazonais, mesmo com a retomada do comércio físico.

A expectativa é que a combinação entre estabilidade econômica, estratégias de marketing e ampliação dos canais digitais continue sustentando o crescimento do varejo alimentar nos próximos meses.

Fonte: mercadodocacau