Assim como ocorre nas cidades, as mulheres estão conquistando cada vez mais espaço no campo. Elas desenvolvem atividades que antes eram realizadas apenas por homens, como a cacauicultura. Em Ilhéus, no Sul da Bahia, encontramos dois exemplos que representam bem essa nova realidade.
Luciana Maria começou a trabalhar com o cacau em novembro de 2012, quando adquiriu uma área de 8 hectares, sendo 5,5 hectares de cacau. No mês seguinte a colheita começou. “A roça estava muito abandonada, mas mesmo assim conseguimos tirar 80 arrobas de cacau por hectare.”, afirma.
Luciana, que desde pequena trabalha com a terra, conta que somente com a ajuda da família e de amigos é que ela cuidar da roça e manter uma boa produção. “Na quebra do cacau eu tenho a ajuda de 12 a 15 pessoas. Os amigos e a família que ajudam. Se não fosse a família talvez eu não tivesse como tocar minha roça”.
A agricultora afirma que está satisfeita com seu trabalho e revela os planos para o futuro. “Eu tenho hoje 8 mil pés de cacau e isso mantém minha folha de funcionários e meu bem estar. Hoje eu tenho uma área de 20 hectares de capoeira, onde eu pretendo fazer uma cabruca. Pretendo plantar cacau, preservando o meio ambiente”.
Irmã de Luciana, Maria Rita também cresceu trabalhando na lavoura, mas foi embora para São Paulo. Ao enfrentar o desemprego na cidade grande, ela e o marido encontraram na agricultura a alternativa para mudar de vida. Eles voltaram para Ilhéus, compraram um pedaço de terra e começaram a produzir.
Hoje, as irmãs plantam de tudo. Parte da produção é comercializada na feira livre e em sacolões e a outra parte é destinada para o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA). “A gente tem milho, feijão, amendoim, aipim, inhame, banana da terra e da prata… Eu já tive oferta de voltar de novo para a cidade, mas eu não deixo a roça, a agricultura por nada, porque pra mim até aqui tem sido o melhor emprego. Agricultura dá certo, basta que se tenha coragem pra trabalhar”, finaliza.
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