Os contratos futuros de cacau dispararam acima da marca inédita de US$ 10.000 por tonelada, estendendo um rali histórico que já viu os preços dobrarem este ano e que está elevando o custo do chocolate.
O mercado é abalado por colheitas fracas em importantes países produtores da África Ocidental, o que colocou o mundo no caminho de um terceiro déficit anual consecutivo no fornecimento.
A indústria lida com o legado de retornos baixos pagos aos agricultores de cacau, e os temores aumentam sobre a capacidade de obter quantidade suficiente de grãos.
Além das preocupações com suprimentos físicos escassos, as pressões também se acumulam no mercado financeiro, e alguns traders venderam contratos futuros para proteger posições físicas.
Mas enquanto aguardam o vencimento dos contratos, eles precisam de dinheiro para atender chamadas de margem por perdas em derivativos, e em um mercado em alta podem ser forçados a liquidar posições vendidas, ajudando a alimentar o rali.
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Os futuros subiram até 4,5% para US$ 10.080 em Nova York nesta terça-feira (26) — um nível que parecia inimaginável apenas alguns meses atrás.
O rali levou um indicador técnico de preços a território de sobrecompra na maior parte dos últimos dois meses, embora o cacau continue a subir.