A nova mina de ouro do dono da Natura: chocolate e café

O empresário Guilherme Leal, sócio-fundador da Natura, vai tentar repetir a fórmula que deu origem a uma das maiores empresas de cosméticos do país. Desta vez, a ideia é inovar no mercado de chocolates e cafés especiais.
A entrada no novo ramo foi em junho de 2017 e agora a nova marca, a Dengo, abriu sua segunda loja no shopping JK Iguatemi, um dos mais nobres em São Paulo. A primeira loja-piloto funciona no Morumbi Shopping, também na capital paulista.
Leal é o investidor do projeto, que tem outros dois sócios, entre eles o idealizador do empreendimento, o engenheiro de produção Estevan Sartoreli, que por 12 anos também trabalhou na Natura.
Seguindo, aparentemente, o mesmo caminho que consolidou a Natura, a Dengo busca aproximar pequenos e médios produtores do consumidor final, gerando impacto social e retorno direto para estes produtores, por meio do compartilhamento de parte dos lucros com eles e suas famílias. “É possível fazer diferente e criar modelos sustentáveis que compartilham valor em sua cadeia”, afirma Sartoreli.
O primeiro passo foi encontrar os produtores das melhores amêndoas de cacau. Foi criado o Centro de Inovação do Cacau na Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc), entre Ilhéus e Itabuna, na Bahia. Atualmente, a rede integrada já é formada por 120 produtores. Todas as amêndoas são avaliadas neste centro, que chega a rejeitar cerca de 40% da matéria-prima que lá chega. O preço pago pela qualidade superior das amêndoas é significativo. Segundo Sartoreli, a Dengo chega a pagar 70% a mais pelo quilo de cacau.
As receitas foram desenvolvidas pela chocolatière Luciana Lobo, sem adição de essências ou aromas e nenhum tipo de gordura hidrogenada, apenas a manteiga do cacau. O açúcar também vai em quantidades moderadas e, quando necessário, é orgânico. “Mais cacau e menos açúcar é a nossa bandeira”, afirma Lobo.
No portfólio estão as tradicionais barras de chocolate vendidas em seis variações de teor de cacau, de 36% a 75%, além de uma versão sem açúcar. Todas as barras possuem a origem especificada em sua embalagem, com fotos e informações sobre seus produtores. Os bombons são recheados com frutas brasileiras, como cupuaçu, jabuticaba, caju, cajá, e algumas opções sazonais, também cultivadas por estes produtores. Há também as chamadas “quebra-quebras”, grandes placas de chocolate com recheios como banana ou abacaxi com coco, vendidas a granel. Há ainda as pepitas, amêndoas de cacau torradas e drageadas, com coberturas variadas. Os preços dos produtos variam, mas em média o quilo do chocolate sai por R$ 200.
A base das receitas ainda é preparada em Schwyz, cidade suíça onde foram produzidos os primeiros chocolates da marca. O maquinário necessário para que a produção seja feita inteiramente no Brasil, no entanto, já foi comprado.
Além dos chocolates, a Dengo também trabalha com cafés, no mesmo esquema de fortalecimento de produtores locais. Os cafés são produzidos em Minas Gerais e em São Paulo e correspondem, atualmente, a 20% da receita da empresa, cujo valor não é revelado. Os cafés são comercializados em grãos ou moídos, em embalagens de 250g.
O cacau também é utilizado na receita de cervejas, desenvolvida pela Dengo e produzida pela Ashby Cervejaria, em Amparo (SP), e de chás, estes produzidos pela própria empresa com cascas das amêndoas de cacau. Todos os produtos podem ser encontrados no site da loja e é possível, inclusive, escolhê-los de acordo com seus produtores. As entregas são feitas para todo Brasil.

Planos de expansão
Se, a princípio, Leal não tinha ambições de expansão, conforme publicado pelo jornal O Globo à época do lançamento da marca, parece que a história mudou. Além da loja inaugurada no Shopping Iguatemi, uma terceira abre as portas nesta semana, no Iguatemi Alphaville, na Grande São Paulo, e mais uma deve ser inaugurada até o final do mês no Village Mall, na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro. De acordo com o Valor, o plano é chegar a oito ou dez novas unidades em 2018.
Também ao Valor, Leal demonstrou interesse em expandir a Dengo internacionalmente, o que, segundo o empresário, também influenciou na escolha do nome Dengo. “Veja como soa bem em inglês: Déngô”, disse, carregando num sotaque. Apesar de afirmar ao Valor que isto ainda não é certo, Leal afirmou que acredita que a marca pode “ter asas”.
A loja inaugurada no JK Iguatemi tem 80m², em uma construção que utiliza muita madeira e iluminação leve e quente. O projeto visual das lojas foi feito por Samira Farah Leal, mulher de Guilherme Leal.
Fonte: Gazeta do Povo

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0 Comments

  1. Maria Paula disse:

    Bom dia, você sabe de algum caso na cidade de Reiden ,sou brasileira moro em Reiden, tenho asma,estou com medo, não estou saindo de casa,mas meu marido tem quê trabalhar obrigada

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