A Associação Nacional das Indústrias Processadoras de Cacau (AIPC) vem a público esclarecer alguns pontos em relação à diferença nos dados sobre a produção brasileira de cacau divulgada pela entidade em comparação com os números projetados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A pesquisa divulgada pelo IBGE apontou que em 2021 o Brasil produziria 302 mil toneladas de cacau. Contudo, o levantamento realizado pela AIPC mostra que as indústrias processadoras receberam naquele ano 197.657 toneladas de amêndoas de cacau oriundas de produtores brasileiros. Dessa forma, é importante salientar que o IBGE é um órgão destinado a produzir estimativas de produção com bases amostrais. Os dados divulgados pela AIPC são relativos a números consolidados do recebimento das indústrias. Ou seja, trata-se do número efetivo dos volumes vendidos para as indústrias moageiras associadas à entidade.
Além disso, todas as cargas recebidas pelas empresas possuem nota fiscal que permitem que os números sejam consolidados e auditáveis de forma confiável e transparente. A consultoria Campos Consultores, responsável pelo sistema SINDIDADOS de inteligência de mercado, é responsável por coletar os dados de recebimento e processamento de amêndoas de cacau pela indústria moageira. A Campos Consultoria é uma empresa reconhecida no setor de inteligência de mercado por sua robusta carteira de clientes, processos e auditorias que implementa.
Importante ressaltar que o IBGE é um órgão de suma importância e presta um serviço relevante ao país. Qualquer diferença entre os dados é fruto de diferentes metodologias e modelos de pesquisas. De qualquer forma, a cadeia produtiva do cacau, por meio da Câmara Setorial do Cacau do Ministério da Agricultura, criou um grupo de trabalho para discutir possíveis alternativas para oferecer informações que ajudem a aperfeiçoar o trabalho realizado pelo Instituto de pesquisa, a fim de que os números possam refletir a realidade da produção brasileira.
De acordo com a presidente-executiva da AIPC, Anna Paula Losi, uma produção brasileira acima de 300 mil toneladas representaria a autossuficiência do país, podendo alçar o país ao patamar de exportador. “Se o Brasil produzisse esse volume, a indústria não importaria amêndoas de cacau e muito provavelmente a importação de derivados também cairia drasticamente”, explica. Ela ressalta que a AIPC, assim como suas associadas, possui total interesse em ver o Brasil verdadeiramente autossuficiente em cacau sustentável, o que geraria além de uma maior estabilidade e previsibilidade para o setor, como oportunidades ainda maiores no âmbito nacional.
Reforçamos ainda que todas as empresas associadas possuem programas voltados para ajudar e auxiliar o produtor brasileiro a se inserir e adaptar práticas modernas e cada vez mais sustentáveis ao seu processo. Um campo forte, pujante, técnico e responsável é a força motriz para o sucesso da cadeia, levando a excelência do Brasil na produção agrícola.
Fonte: AIPC