Bahia participa de evento internacional que debate desenvolvimento do cacau no Brasil e no mundo

Representantes do Governo da Bahia participaram da reunião anual da World Cocoa Foundation – WCF (Fundação Mundial do Cacau), em São Paulo, que definiu ações voltadas às parcerias público-privadas do setor cacaueiro internacional tendo por objetivo a sustentabilidade da cacauicultura em todo o mundo. O encontro, que começou na quarta-feira (24), segue até domingo (28), com debates, plenárias e viagem de campo.
O gestor da Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), Jeandro Ribeiro, participou do evento e apresentou as iniciativas do governo estadual para fomentar a verticalização da cadeia produtiva do cacau. Ele destacou que a Bahia é o maior produtor de amêndoa do Brasil: “tem mais 68 mil propriedades de cacau numa área de quase 440 mil hectares, com 50 mil produtores envolvidos. Essa é uma agenda que nos coloca em destaque, a Bahia jamais poderia ficar de fora dessa reunião e deixar de ajudar no financiamento deste evento”.
Durante a explanação sobre o cacau da Bahia, Ribeiro apresentou um plano de expansão de 240 mil toneladas de cacau no final de cinco anos e também participou de reuniões com indústrias e com outros parceiros na busca da captação de recurso para ampliar o investimento na cadeia produtiva do cacau.
A especialista sênior em Desenvolvimento Rural do Banco Mundial, Fátima Amazonas, pontuou durante a reunião que “é de fundamental importância ter a Bahia inserida no WCF para conseguir firmar as parcerias não somente do setor público com diversos agentes, agências e instituições, mas, também, com o setor privado. Como resultado deste evento, eu penso que é possível o desenvolvimento de uma ação mais ampla. O Banco Mundial é financiador do projeto Bahia Produtiva, muito mais como um parceiro na transferência de informações, assistência técnica e suporte, para que o projeto possa apoiar de uma forma mais estruturadora através das alianças produtivas com a cadeia do cacau”.
Um dos pontos de debate na reunião foi a retomada do crescimento da cacauicultura. Entre as iniciativas apontadas está a promoção do adensamento (replantio) de áreas na Bahia, em conjunto com projeto de manejo da cabruca (técnica que corta apenas algumas árvores exóticas para reduzir o excesso de sombreamento).

Viagem de campo e história
De São Paulo, os participantes do encontro do WCF seguem para Ilhéus, BA, e, entre os dias 26 e 28, visitam experiências produtivas ligadas à produção de cacau, passam pelo Instituto Biofábrica de Cacau (IBC), Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (CEPLAC) e o Centro de Inovação em Cacau (CIC).
O diretor-geral da Biofábrica, Lanns Almeida, destacou que a reunião e as visitas de campo têm o intuito de assegurar a continuidade do crescimento da produção do cacau: “Este evento valoriza ainda mais a importância da rede produtiva do cacau no Brasil, principalmente na Bahia. A nossa participação reforça a relevância do Instituto Biofábrica, que é não só produtor de muda, mas, também, difusor de tecnologia e de inovação, o que fortalece o trabalho do Governo do Estado na disponibilização de mudas de alta qualidade, diretamente ao agricultor familiar”.
O WCF é uma organização internacional que promove uma economia de cacau sustentável, fornecendo aos agricultores as ferramentas necessárias para cultivar cacau de melhor qualidade e fortalecer suas comunidades. O entidade é o convocador do CocoaAction, uma estratégia de todo o setor para acelerar a sustentabilidade.
Participam do evento representantes dos países produtores de cacau da África e da América Latina, das Secretarias da Agricultura, Pecuária, Irrigação, Pesca e Aquicultura (Seagri), Meio Ambiente (Sema), Ciência e Tecnologia (Secti) e Turismo (Setur).

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