O Banco do Nordeste aplicou R$ 1,1 milhão para a produção de cacau pelo sistema agroflortestal Cacau- Cabruca, no Sul da Bahia, até meados do mês de setembro.

O estado é o segundo maior produtor de cacau do país, ficando atrás apenas do Pará. A cacauicultura é considerada atividade prioritária no Programa de Desenvolvimento Territorial Banco do Nordeste (Prodeter) na região Itabuna e Ilhéus.

O cacau cabrura foi reconhecido em 2015 como sistema agroflorestal pelo Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema). Após quatro anos, foi publicada a portaria que aprovava zoneamento agrícola de risco climático para essa cultura na Bahia. Logo, o produtor de cacau passou a possuir acesso a linhas específicas de crédito.

O Pronaf Floresta é associado aos produtores familiares e oferta condições especiais, com taxas de juros até 2,75% ao ano e prazo de até 20 anos para pagamento. Caso o indivíduo não se encaixe no Pronaf, pode financiar lavouras com o FNE Verde Rural, que traz taxa de juros de 4,29% ao ano. O orçamento é construído junto à Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac) através do pacote tecnológico.

As agências Itabuna e Ilhéus são as principais responsáveis pelos financiamentos da cabruca. Até a última sexta- feira, 18, as duas unidades aplicaram R$ 761 mil para produtores familiares da cacauicultura no âmbito do Pronaf Floresta e também R$ 431 mil via FNE Verde Rural.

Os projetos visam modernizar a produção de cacau nas propriedades por meio de clonagem dos cacaueiros antigos e plantio de novas mudas com tolerância à vassoura de bruxa, doença que dizimou a lavoura nas décadas de 80 e 90 na região.

Para 2020, a projeção para a produção de cacau baiana é de 118 mil toneladas, isto é, uma alta de 12,4% comparada ao ano passado. Os dados são disponibilizados pelo Levantamento Sistemático de Produção Agrícola (LPSA) produzido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e divulgadas pela Secretaria de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI). Fonte: A Tarde