Biofungicida nacional atende requisitos do mercado interno e de exportação

Doenças fúngicas como a antracnose acometem diversas culturas agrícolas como a do morango, uva, mamão, manga e hortaliças, ocasionando perdas na produção que podem chegar a 100%. Uma das principais regiões produtoras de frutas do país, o nordeste, tem apresentado maior volume de chuvas nas últimas safras, fator que somado a altas temperaturas favorece a ocorrência de antracnose e outras doenças fúngicas, tais como míldio e podridões. O produto Bactel®, composto pela bactéria Bacillus amyloliquefaciens, produzido pela Dillon Biotecnologia na linha ECCB Bioinsumos, vem sendo empregado na cultura da uva e outras frutíferas da região. O produto também está sendo utilizado em outras regiões, como a Serra Gaúcha. Em trabalho realizado com morangos da região, verificou-se que o Bactel® reduziu a incidência de antracnose de 70 a 95%, quando utilizado preventivamente, e em torno de 60% quando empregado de forma curativa.

O produto oferece proteção às diferentes partes da planta afetada, sejam elas folhas, frutos ou raízes, e por não apresentar período de carência é possível utilzá-lo até em períodos de colheita, pois não deixa resíduos nos frutos, o que facilita a exportação. Dessa forma, os produtos biológicos, como o Bactel tratam-se de ferramentas indispensáveis dentro do manejo das culturas.

Em relação ao tratamento de doenças da parte aérea das plantas, é importante que o Bactel® seja empregado de forma preventiva, pois se as condições climáticas estiverem propicias, algumas doenças podem infectar as plantas ainda nas fases de floração e início da frutificação, ficando latente e manifestando os sintomas somente na fase de maturação.

Como a bactéria atua no controle de doenças

Algumas bactérias, como a B. amyloliquefaciens, atuam por vários mecanismos, que envolvem a organização de estruturas denominadas de biofilmes que se formam na superfície de raízes e folhas, a secreção de metabólitos como enzimas, antibióticos, substâncias voláteis e sideróforos.

Para ilustrar como a bactéria age, na figura abaixo, estão representadas duas placas contendo meio de crescimento para microrganismos. Em ambas, foi inoculado o fungo da antracnose no centro. Na imagem da esquerda, verifica-se que o fungo ocupou toda a extensão da placa, enquanto na imagem da placa à direita, na qual além do fungo foi inoculado a bactéria B. amyloliquefaciens, nas duas laterais, é possível observar que o fungo não se expande. A bactéria cresce rapidamente ocupando espaços ao produzir substâncias contra o fungo. Esta situação de interação negativa entre a bactéria e o fungo é o que ocorre nas plantações quando o Bactel® é aplicado.

Muito mais do que controle

Algumas bactérias do grupo Subtilis, da qual faz parte o B. amyloliquefaciens, apresentam outras propriedades de interesse quando aplicadas na lavoura, podendo ser promotoras de crescimento, sendo conhecidas pela sigla PGPR, do inglês “plant growth-promoting rhizobacter¨, pois secretam hormônios vegetais e outros metabólitos que aumentam a absorção de nutrientes pela planta, com reflexos positivos no desenvolvimento destas. Algumas podem ser solubilizadoras de fosfato insolúvel e, assim, disponibilizando-os para as plantas. Outra propriedade importante das PGPR é a capacidade de elicitar resistência sistêmica da planta ao ativar seus próprios mecanismos de defesa antes da chegada do patógeno.

A aplicação de diferentes linhagens de Bacillus é indicada para várias doenças. Entre estas a Antracnose, Mofo-cinzento (Botrytis spp.), Oídio, Ferrugem, Míldio, Podridão Pós-colheita, Glomorella cingulata, tombamento e infeção por nematoides. O controle anual reduz principalmente a incidência de doenças de solo.

Fonte: Agrolink

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