Por: Claudemir Zafalon
Nesta segunda-feira (5), a bolsa de Nova York iniciou suas atividades mais cedo, às 8h30 no horário de Brasília, devido ao feriado bancário em Londres. Com isso, os investidores acompanharam um mercado operando de forma atípica, mas com atenção redobrada para os desdobramentos da semana, especialmente em relação à política monetária nos Estados Unidos.
Na última sexta-feira (3), o relatório semanal do CFTC (Commodity Futures Trading Commission) apontou um aumento na posição líquida comprada dos fundos no mercado futuro. Entre os dias 22 e 29 de abril, foram adquiridos 1.530 contratos, elevando o saldo comprador para 14.532 contratos. O contrato com vencimento em julho apresentou forte volatilidade, oscilando entre a mínima de US$ 8.620 e a máxima de US$ 9.154 por tonelada, encerrando o dia cotado a US$ 8.877, com alta de US$ 134. Foram negociados 5.787 contratos, com um volume total de 12.009, enquanto o interesse em aberto manteve-se estável em 90.671 contratos.
Em relação aos estoques certificados nos portos dos EUA, monitorados pela ICE (Intercontinental Exchange), houve um acréscimo de 32.036 sacas, totalizando 2.076.132 sacas certificadas. Já o contrato de maio encontra-se praticamente liquidado, com apenas 21 contratos em aberto. As entregas físicas continuam em 1.085 contratos.
No câmbio, o contrato de real frente ao dólar, com vencimento em 31 de junho e negociado na bolsa CME, segue estável em US$ 5,68.
A expectativa do mercado agora se volta para a reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC), marcada para esta quarta-feira (7), quando poderá ser definida a nova taxa de juros dos Estados Unidos. O encontro é crucial para os rumos da política monetária e pode impactar diretamente os mercados globais, especialmente em um cenário de inflação ainda pressionada e crescimento econômico moderado.
Fonte: mercadodocacau