Os preços dos contratos futuros de cacau continuam subindo nas bolsas internacionais, impulsionados pela combinação de clima desfavorável nas principais regiões produtoras e pela manutenção de uma forte demanda global.

Alta nos preços em Nova York e Londres

Na bolsa de Nova York (ICE), os contratos futuros de cacau subiram 1,1%, atingindo US$ 10.942 por tonelada métrica às 11h28 GMT desta sexta-feira (13). O contrato se aproxima de seu recorde histórico de abril, de US$ 11.722, e alcançou mais cedo um pico de sete meses e meio, de US$ 11.010.

Em Londres, os futuros de cacau também registraram alta de 2%, cotados a £8.332 por tonelada. Embora os preços ainda estejam distantes do recorde de £9.980 alcançado em abril, o movimento reflete a tendência altista nos mercados internacionais.

Fatores climáticos e demanda sustentam os preços

Os revendedores apontam que as condições climáticas na África Ocidental, principal região produtora de cacau, têm sido um fator-chave para o aumento dos preços. A seca prolongada na área está pressionando as expectativas de produção, reduzindo a oferta disponível no mercado global.

Apesar disso, a demanda por cacau não sofreu quedas significativas. Na Costa do Marfim, que rivaliza com a Holanda como maior processadora de cacau do mundo, a moagem aumentou 1,6% nos dois meses até novembro, em comparação ao mesmo período do ano anterior.

Impacto sazonal e perspectivas futuras

A proximidade do Natal, tradicionalmente um período de alta demanda por chocolate, está contribuindo para sustentar os preços. Analistas observam que, além da questão climática, ajustes técnicos e as condições econômicas globais também estão influenciando os preços do cacau.

Com a seca severa afetando a Costa do Marfim, maior produtora mundial, e outros países da África Ocidental, a oferta global deve permanecer limitada, o que pode sustentar ou até intensificar a tendência de alta nos mercados nos próximos meses.

Os traders e investidores estão atentos aos relatórios climáticos e às previsões de safra para ajustar suas estratégias, enquanto consumidores finais podem sentir os reflexos dos preços elevados nos produtos de chocolate e derivados.

Fonte: mercadodocacau