O preço do cacau registou forte baixa no mercado internacional, durante a semana passada, atingindo o nível mais baixo dos últimos 4 anos.
No mercado de Londres, um dos principais consumidores mundiais do cacau, cada tonelada do produto passou a ser vendido por 1533 libras esterlinas. Em Nova York a baixa do preço situou-se em 1869 dólares por tonelada.
A organização Internacional do Cacau, manifestou-se bastante preocupada com a queda do preço no mercado internacional, que vai ter impacto negativo na economia familiar dos agricultores que produzem cacau, e na economia dos seus respectivos países.
Cacau é a principal matéria-prima que São Tomé e Príncipe exporta. O mercado francês, é um dos principais destinos da produção nacional.
As empresas francesas de comércio justo, também reagiram com muita preocupação a forte queda do preço no mercado internacional. As fileiras francesas de comércio justo, que também importam boa parte do cacau de São Tomé e Príncipe, consideram que a situação põe em causa o futuro das comunidades agrícolas produtoras de cacau.
Em alguns países como a Costa do Marfim, que é o maior produtor mundial do cacau, a situação é crítica e pode gerar grande tensão social. O relatório da Organização Mundial do Cacau, dá conta que a Costa do Marfim regista uma super oferta em relação a procura. O país da África Ocidental tem um excedente de produção avaliado em 264 mil toneladas de cacau, acumulado desde Outubro de 2016 até a presente data.
No caso de São Tomé e Príncipe, o Governo na pessoa do Primeiro-ministro Patrice Trovoada, justificou a previsão da subida da economia nacional em 2017 para 5%, com base também no aumento da exportação do cacau. A acentuada baixa do preço do cacau desde a semana passada no mercado internacional, poderá forçar os países produtores do produto a refazerem as suas contas para 2017. Fonte: Notícias de São Tomé e Princípe