Imagine-se fazendo uma transação pagando em criptomoeda que tem como base o cacau. Tudo isso aos pés da maior árvore de Natal de chocolate (o fundo garantidor da moeda), do mundo, de dois metros e meio de altura e mais de meia tonelada.
Isso vira realidade a partir de quinta-feira (16), quando acontece, em Ilhéus, o 12º Festival Internacional do Cacau, na real, uma retomada de prumo, já que a pandemia também deu baque no caso.
Na prática, é o recomeço da virada histórica. Nos bons tempos, o dos coronéis, o Brasil já foi o maior produtor do mundo. Hoje é o 7º, e quer retomar a ponta da produção de amêndoas e chocolates finos.
Fino trato
A Bahia tem hoje mais de 100 marcas de chocolate produzidas por 10 indústrias e mais outras artesanais ou parte terceirizada.
Segundo Marcos Lessa, fundador e coordenador do Festival do Chocolate (com duas edições anuais, a maior delas em julho), a proposta é tão simples quanto complexa.
— É qualidade do trato da planta até a forma de configurar o chocolate. Os resultados são os melhores.
Diz Lessa que a Bahia tem histórico de bom desempenho no Festival du Chocolat, anualmente em Paris. E na abertura do Festival de Ilhéus, quinta, a atração principal será o produtor João Tavares, de Ilhéus-Uruçuca, que estará na final da Copa do Mundo do Chocolate, disputando com 50 concorrentes, também em Paris.
— Aqui é torcida 100%.
Texto de Levi Vasconcelos / Bahia.ba.