Apesar de os valores brutos serem motivo de realização de lucros dos investidores e também de um comportamento mais lento da indústria em formar estoques de cacau, o valor de hoje da commodity indica uma das maiores baixas em três semanas, segundo o operador de mercado Barchat.
“As pressões de liquidação comprada surgiram hoje nos futuros do cacau, depois que os preços subiram mais de +15% no início desta semana. A chuva inadequada na África Ocidental causa perspectivas incertas para a produção de cacau na região e a aumentar os preços”, informa o relatório de fechamento.
O clima segue como principal vilão da safra de um do maior produtor mundial, a Costa do Marfim, e seguirá determinando a curva de preços. Dados do governo do país africano da última segunda-feira mostraram que os cacauicultores enviaram 1,46 milhões de toneladas de cacau para os portos de 1 de outubro a 26 de maio, uma queda de 30% em relação ao mesmo período do ano passado.
“A Trader Ecom Agroindustrial projeta que a produção de cacau da Costa do Marfim em 2023/24, que termina em setembro, cairá 21,5% ao ano para o mínimo de 1,75 milhão de toneladas”, informa o boletim do Barchart. O mercado atenta-se, ainda, aos estoques de cacau, que estão no menor nível em três anos.
Com um recuo de 1,04% na bolsa de Nova York, os preços do açúcar para os lotes de julho fecharam hoje cotados a 18,16 centavos de dólar. Segundo a empresa de cotações de commodities Barchat, a chegada das chuvas de monções hoje à Índia melhorou as perspectivas da colheita de açúcar no país asiático para este ano e pressiona os preços.
Os preços, que vinham caindo nas últimas oito semanas, também refletem as estimativas positivas de produção de açúcar no Brasil melhorou as perspectivas de oferta global. “As usinas de açúcar do Brasil aumentaram a moagem de cana para açúcar em detrimento da produção de etanol, já que moeram 46,96% da cana para açúcar este ano, contra 41,42% da cana usada no ano passado”, aponta o relatório da Barchart.
Os papéis de algodão com vencimento em julho e de primeira posição do pregão de Nova York fecharam em queda de 3,72%, cotados a 78,08 centavos de dólar por libra-peso. Os futuros da pluma estão sendo influenciados por fatores externos, como queda do petróleo bruto. As chuvas nas regiões algodoeiras também pesam sob a queda.
De acordo com a empresa Barchart, os estoques de algodão certificado pela ICE caíram mais de 60 mil fardos ontem, para 133.448 fardos, porém o fato não foi suficiente para mudar a curva de cotações, porque não há receio de problemas com a oferta.
Os preços dos contratos com vencimento para julho do suco de laranja concentrado e congelado (FCOJ) fecharam em queda de 4,19% na bolsa de Nova York hoje. Com esse forte recuo, as cotações ficaram em US$ 4,5720 por libra-peso.
O mercado passa por uma correção, depois dos preços subirem no primeiro trimestre deste ano devido a preocupações com a oferta limitada. A produção reduzida na Flórida, que foi severamente afetada por condições climáticas adversas e doenças como o “greening” dos citros também influencio na alta.
Fonte: Globo rural
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