Cacau foi a commodity que subiu no ano após recorde no preço

Valorização da amêndoa superou a do alumínio secundário e do petróleo WTI

Em 2024, nenhuma commodity — considerando também as não agrícolas — valorizou-se tanto quanto o cacau. Levantamento do Valor Data, que acompanha a movimentação de 25 ativos, mostra que a amêndoa subiu 52,7% na bolsa de Londres, e acumulou alta de 45,34% na bolsa de Nova York

O cacau teve ganhos consistentes em comparação com commodities como o alumínio secundário, que neste ano subiu 17,42%, e até mesmo o petróleo WTI, que avançou 7,81%.

A supervalorização do cacau fez fundos desmontarem posições em outros ativos visando maior lucro. Essa “fuga” para o cacau aconteceu, por exemplo, entre os investidores do açúcar em Nova York, segundo Arnaldo Corrêa, diretor da Archer Consulting.

“É normal os fundos irem à ‘caça’ daquilo que dá mais oportunidade de lucro. O açúcar já viveu esse momento, em que a grande valorização levou fundos a saírem de posições do petróleo para apostar no adoçante”, lembra o analista.

Segundo ele, a alta do cacau é potencializada pela ação dos fundos, que operam sistema de algoritmos no mercado.

“Os fundos podem direcionar o mercado agressivamente para cima ou para baixo, mas os fundamentos de oferta e demanda se sobrepõem. Se o fundamento não é tão ruim como o mercado associa, uma hora o preço vai cair”, afirma Corrêa.

Por ora, as indicações ainda são de boas oportunidades de lucro com o investimento no cacau no mercado externo. Paul Joules, analista de commodities do Rabobank, prevê que os fundos ainda deverão manter grande volume de posições compradas nas bolsas. “Não creio que ainda tenhamos visto toda a extensão dos aumentos de preços”, avalia.

Após uma sequência de recordes para o cacau nas bolsas, o Citibank chegou a escrever, em relatório recente, que os preços poderiam chegar a patamares ainda maiores, entre US$ 7.000 e US$ 10.000 a tonelada em Nova York, caso as perspectivas de oferta na África Ocidental continuem a deteriorar-se e a procura não dê sinais de arrefecimento em meio a valores tão expressivos.

Fonte: Globo Rural

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