O potencial de produção de cacau na Costa do Marfim e Gana, os dois maiores produtores mundiais nessa ordem, ainda gera dúvidas no mercado da amêndoa. Diante desse cenário, o preço segue em alta na bolsa de Nova York. Nesta quinta-feira (21/11), os contratos para março avançaram 1,68%, para US$ 8.635 a tonelada.
“Desde o início deste mês, as chuvas em excesso vêm causando uma mortandade muito alta dos brotos que serão colhidos na safra intermediária, a partir de abril. Com isso, algumas consultorias estão revendo suas previsões de produção para 2024/25”, destaca Rafael Machado Borges, analista da StoneX.
De acordo com ele, como a contagem dos brotos é a menor desde 2009 há um receio de que a produção de cacau no mundo volte a enfrentar um déficit. Em sua última estimativa, divulgada em setembro, a consultoria previu um superávit de 160 mil toneladas para a temporada 2024/25. Ainda assim, a empresa não descarta uma revisão nos números.
“Nós esperamos uma colheita de 1,95 milhão de toneladas de cacau para a Costa do Marfim, uma alta de 12% em relação à temporada anterior. Mas se a safra intermediária for mesmo prejudicada, essa projeção poderá sofrer ajustes. Temos uma oferta ainda muito concentrada, e estoques em níveis mínimos”, pontua.
Café
O café seguiu negociado nos maiores patamares em 13 anos na bolsa de Nova York, e deve manter essa trajetória no mercado internacional. Os contratos para março fecharam em alta de 1,09%, para US$ 2,9570 a libra-peso.
Suco de laranja
Também houve alta nas cotações do suco concentrado e congelado (FCOJ, na sigla em inglês). O contrato para janeiro fechou em alta de 3,32%, para US$ 5,1120 a libra-peso.
Algodão
O algodão fechou o pregão com preços em leve alta. Os lotes para março do ano que vem subiram 0,21%, com o valor de 70,43 centavos de dólar por libra-peso.
Açúcar
Em sentido contrário as demais soft commodities, o açúcar caiu na bolsa. Os contratos de março de 2025 encerraram em queda de 1,25%, para 21,38 centavos de dólar por libra-peso.
Fonte: Globo Rural