Cacau sobe mais de 3% em Nova York com oferta restrita

Demais contratos agrícolas começam a sessão em queda

Os preços do cacau sobem fortemente nesta manhã, em Nova York, após o feriado do Dia do Presidente. Os lotes para março, os mais negociados, são cotados agora a US$ 5.904 a tonelada, 3,05% mais que no último fechamento.

Desde o ano passado, a produção no Oeste da África, especialmente em Gana e na Costa do Marfim, vem caindo e preocupando investidores sobre a oferta da commodity.

Analistas dão como certo um novo déficit (o terceiro consecutivo) na produção neste ciclo 2023/24. Sem perspectiva de melhora na oferta no curto prazo, e ainda problemas climáticos que podem prejudicar a safra intermediária de cacau na Costa do Marfim, agentes de mercado já projetam uma demanda superior à oferta também para o ciclo 2024/25, que se inicia em outubro.

Segundo a agência Reuters, as chegadas de cacau aos portos da Costa do Marfim atingiram 1,128 milhão de toneladas até 18 de fevereiro desde o início da temporada em 1º de outubro, uma queda de 32% em relação ao mesmo período da temporada passada.

A única notícia contrária a isso hoje indica que a colheita da safra intermediária começou mais cedo na Nigéria e pode colocar entre 250 mil e 280 mil toneladas no mercado para compensar as perdas da Costa do Marfim e de Gana. Geralmente, a colheita da safra intermediária começa em março/abril nas regiões cacaueiras do sudoeste e sudeste do país e termina em julho ou agosto.

Os demais contratos negociados em Nova York estão todos em baixa nesta terça-feira. Os lotes de café arábica para março caem 0,26%, a US$ 1,9135 a libra-peso. E os de açúcar demerara recuam 0,35%, a 23,15 centavos de dólar a libra-peso. Os lotes de algodão recuam 1,5%, a 91,98 centavos de dólar a libra-peso.

Fonte: Globo Rural

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