Chocolate de Gramado terá mais de 35% de cacau e não poderá usar gordura vegetal

Depois de dois anos de trabalho e negociação, foi finalizado o projeto de Indicação de Procedência do Chocolate Artesanal de Gramado. A Master Assessoria Empresarial entregou o regulamento na última sexta-feira e o sócio-diretor Marcelo Adriano avisa:
– Quem não aderir às regras não poderá usar a expressão “chocolate de Gramado” nos produtos.
Ou seja, além de dar mais segurança ao consumidor sobre o que está comprando, evitará a pirataria. A consultoria entregou o projeto para a Achoco – Associação dos Chocolateiros de Gramado para registro junto ao Instituto Nacional de Propriedade Industrial. A iniciativa é da Secretaria Municipal de Turismo e vale, exclusivamente, para chocolate produzido em Gramado.
No INPI, será feita uma análise dos requisitos de indicação geográfica. São eles: especificações do produto, regulamento de produção, delimitação do território e elementos que comprovem o reconhecimento do nome geográfico. O processo para análise e emissão do registro pelo INPI pode levar de seis a 18 meses.
– Cada produto terá o selo que indica a certificação (confira a imagem). Será fácil o consumidor identificar – explica Marcelo Adriano.
Cinco tradicionais fábricas de chocolate artesanal de Gramado participaram da construção do regulamento. Caracol, Lugano, Florybal, Gramadense e Planalto já adaptaram produtos e processos.
– Mas outras 40 empresas poderão se adequar e também ostentar o Selo de Indicação de Procedência Gramado-RS – complementa o diretor da Master.

Regras
Dois pontos do regulamento são destacados pela coluna Acerto de Contas, pois se referem ao cacau e à gordura usada para fabricar o chocolate artesanal. São dois ingredientes que cada vez ganham mais atenção de quem busca alimentos mais saudáveis e de melhor qualidade.
– Determina o uso de massa, licor e manteiga de cacau em percentual mínimo de 35%, no caso de chocolate ao leite, e percentual ainda maior no meio amargo e amargo. Lembrando que o percentual mínimo exigido pela legislação brasileira é de 25% – explica Marcelo Adriano.

E sobre a gordura:
– As fábricas devem usar manteiga de cacau no lugar de gordura vegetal e vegetal hidrogenada, por não apresentar gordura trans – complemente.
Além disso, as regras determinam o controle e rastreamento dos insumos. Atualmente, as fabricantes de chocolate artesanal de Gramado produzem em torno de 1,2 milhão de quilos ao ano.
Fonte: Zero Hora

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