Começa verticalização do cacau em escala industrial no Pará

A indústria de processamento de derivados do cacau Ocra Cacau da Amazônia Ltda, instalada na estrada do Tapanã, em Belém, já iniciou a produção do “nibs de cacau” – grãos tostados e quebrados – cuja etapa completa se dará até o próximo dia 15 de março. Paralela à essa produção, a empresa se prepara para a montagem das segunda e terceira etapas necessárias à fabricação da massa de cacau, manteiga de cacau e torta de cacau, startando um novo e promissor nicho de negócio, vital à industrialização do chocolate na Região Metropolitana da capital paraense.
A fábrica, numa área de 18 mil metros quadrados, e meta de produção plena até junho de 2019, foi visitada pelo secretário estadual de Desenvolvimento Econômico (Sedeme), Adnan Demachki, na companhia do presidente da Companhia de Desenvolvimento Econômico do Pará, (Codec), Fábio Lúcio Costa, e de comitiva de profissionais da Secretaria, na tarde desta quarta-feira, 21.
A concepção do planejamento estratégico Pará 2030 atraiu o empreendimento a Belém, já estabelecido em São Paulo. “Nosso negócio tem tudo a ver com o Programa Pará 2030, que estimula à verticalização das cadeias, aqui. O secretário Adnan (Demachki) fez contato com a gente ainda em 2015. Nosso empreendimento é parte, um elo da cadeia produtiva do chocolate, que queremos cento por cento originário do Pará. Esse é o nosso compromisso com a Sedeme”, disse o sócio-proprietário da Ocra Cacau da Amazônia, Francisco Pinho, administrador de empresas, de formação, que recepcionou os representantes do Governo do Pará, concedente de incentivo fiscal à empresa.
“Em todo País só existem outras três empresas do naipe da Ocra Cacau da Amazônia. São duas na Bahia e uma no Rio de Janeiro. Nós prospectamos eles em São Paulo. Por quê? Porque nós já somos o maior produtor de cacau do Brasil, mas não podemos errar como erramos no passado, só exportando nossas matérias-primas, nesse caso, exportando apenas o cacau. Temos de agregar valor à produção. Entre o cacau e o chocolate, que é o produto final da cadeia, temos uma indústria intermediária, que é esta, a processadora de nibs, massa e manteiga de cacau, insumos essenciais à fabricação do chocolate. Ela agora está aqui, começa a produzir e já gera empregos diretos e indiretos”, afirmou Adnan Demachki, referindo-se também a setores como o de transportes e de embalagens, por exemplo.
A Ocra iniciou sua instalação em Belém no segundo semestre de 2017. Ela é uma das maiores processadoras de cacau do País, atendendo aos mercados interno e externo, com compradores naEuropa e Estados Unidos.
A ideia do executivo Francisco Pinho é de ao transformar o cacau em manteiga de cacau e liquor, atrair novas indústrias de chocolate para a RMB e criar um grande polo de indústrias de chocolate no Estado.
Adnan Demachki ressaltou, inclusive, que a partir de agora a Codec – a agência de prospecção de negócios do Estado do Pará – criada no âmbito do programa Pará 2030, vai prospectar novas indústrias de chocolate.
“Queremos impulsionar a cadeia completa, não apenas exportar a amêndoa do cacau para gerar empregos lá fora. Os empregos gerados com nossos recursos naturais têm de ser verticalizados em nosso território. Esse é um legado que nós vamos deixar que é o segmento da oportunidade econômica do cacau. É um exemplo”, explicou o secretário.
Ele ressaltou que na concessão de incentivos à Ocra se estabeleceu a condicionante da venda dos derivados de cacau a preços diferenciados para empresas de chocolate que se instalarem no Estado e preferencialmente nos municípios que produzem cacau, para estimular a vinda e a operação de novos empreendimentos no negócio do chocolate.
”Estamos fomentando também à cadeia do açaí. Já concedemos incentivos para 11 empresas que hoje produzem a polpa e em meses terão uma linha de produção com produtos industrializados a partir do nosso açaí. É mais emprego para a nossa população e mais renda para o Estado. Um esforço enorme do Estado com a aliança de muitos parceiros, todos com o foco na industrialização da economia paraense”, frisou o secretário.
Estiveram na visita junto a Demachki, os secretários adjuntos, da Sedeme, Dyjane Amaral e Eduardo Leão, respectivamente; os diretores Marília Amorim, Sérgio Menezes, Alex Moreira, e demais técnicos e coordenadores da secretaria estadual.
Texto e fotos: Ascom/Sedeme

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0 Comments

  1. ednaldo souza disse:

    essa mulher não tem o que fazer? o salario dela esta caindo certo tudo mês?
    ela tem noção de quantos profissionais da educação estão desempregado?
    e ela chora de barriga cheia hipoclitas.

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