A turbulência econômica pela qual passa hoje o Brasil aliada à retomada dos Estados Unidos no cenário internacional como principal aposta dos investidores devem enxugar a oferta da moeda norte-americana e mantê-la em alta no território nacional. É o que aponta um relatório especial divulgado nesta segunda-feira (5/1) pela divisão de inteligência de mercado da consultoria INTL FC Stone, que inclui tendências para fertilizantes, grãos, açúcar e etanol em 2015. 

Os economistas responsáveis pelo documento acreditam que o câmbio chegará a R$ 2,80 ainda no primeiro semestre deste ano. Atualmente, a cotação está na casa dos R$ 2,70.

“Se por um lado a taxa de câmbio mais elevada coloca mais pressão sobre a inflação, por outro, ela aumenta a competitividade das exportações brasileiras, o que pode favorecer a balança comercial e reduzir o déficit em transações correntes. A longo prazo, o real mais desvalorizado favorece também a indústria nacional, o que depende, porém, de maior previsibilidade do cenário institucional, e, consequentemente, das expectativas

para os juros e o câmbio no futuro”, diz um trecho do relatório.

No exterior as perspectivas também são favoráveis ao dólar. Além da recuperação norte-americana, potências como China, Japão e países europeus continuam tendo dificuldades para crescer no mesmo ritmo dos últimos anos. Essa desaceleração desvaloriza a moeda de países exportadores de matérias-primas, como o Brasil. Medidas de estímulo econômico nessas nações fortes, porém, podem reverter a tendência de alta, pondera a consultoria. Fonte: Globo Rural