As entradas da safra principal do Brasil começaram a intensificar-se depois de um longo período de irregularidades no abastecimento interno. Os fatores climáticos não convencionais provocaram o pior dos cenários já vividos na história do cacau brasileiro. Tal fato, elevou sensivelmente os prêmios na Bolsa de Nova Iorque, pagos ao produtor. Agora com a chegada da nova safra, associada as importações, faz o mercado apresentar uma clara direção de inversão da tendência atual.
Segundo analistas, o mercado interno brasileiro deverá absorver os “prejuízos” com os preços nos próximos dias, pois os prêmios pagos aos cacauicultores estão sendo reduzidos e deverá continuar com a tendência baixista, em virtude também das entradas expressivas que acontecerão nos próximos meses. O mercado também deverá registrar uma melhora nas entradas, especialmente oriundas do Estado do Pará que deve ter a safra principal ampliada.
Apesar do elevado índice de contaminação dos frutos por vassoura-de-bruxa, que vem apresentando-se nas colheitas iniciais da safra em curso, a Bahia por sua vez, ainda deve produzir em toda safra principal, uma média de 1 milhão e cem mil sacas de cacau, de acordo com as estimativas já pontuadas por especialistas. Sabe-se também que serão desembarcados no porto de ilhéus, um volume próximo do que será produzido na Bahia, importados de Gana, em torno de 1 milhão de sacas de cacau, entre novembro/16 e março/17.
Como o mercado de cacau baseia-se muito nas condições e prospecções de safra, há indícios de que este aumento de produtividade faça com que, o preço de comercialização fique baixo, visto que os prêmios praticados atualmente, estão muito acima da média histórica. Os prêmios, no mercado interno, durante a safra temporã, chegaram a níveis de até +US$400 para o produtor, e atualmente operam na faixa de +US$280, podendo cair ainda mais, a medida que as entradas sejam ampliadas nas indústrias. Fonte: Mercado do Cacau