Desenvolvimento sustentável é o caminho para a Amazônia

Aumentam as iniciativas econômicas alinhadas ao bioma e capazes de gerar emprego e renda respeitando a biodiversidade

A edição deste ano do Prêmio Internacional do Cacau, que lista os melhores 50 produtos do planeta, inclui o trabalho de três produtores brasileiros. Pela primeira vez desde o início da competição, em 2010, uma amostra do assentamento Tuerê, no município de Novo Repartimento (PA), foi selecionada para participar.

O reconhecimento mostra que o cacau produzido no município de 77 mil habitantes e 15 mil Km² está entre os melhores do mundo. “Eu só produzia o cacau comum. Não fazia fermentado, de um jeito que tem um valor diferente”, afirma João Evangelista, produtor rural do assentamento.

Além de aumentar o valor agregado do produto, Evangelista descobriu que pode se beneficiar do aumento da biodiversidade em suas terras. “Eu planto várias árvores nativas, mogno, tatajuba, itaúba, cedro-rosa, ipê. Quem planta cacau refloresta. Além de viver e sustentar minha família no pequeno pedaço de chão em que estou vivendo, ajudo a reflorestar.”

João Evangelista mudou seus hábitos depois de conviver com os agentes do projeto RestaurAmazônia. A iniciativa combina o cultivo do cacau com a pecuária no Pará, com o objetivo de beneficiar 1.500 famílias de produtores rurais situadas ao longo da Rodovia Transamazônica. “Quando eles chegaram, começaram a explicar pra gente como se faz. Com o conhecimento que a gente adquire com os técnicos, ganhamos um pouquinho a mais e isso é bom”, confirma o produtor.

Baseada num modelo de baixa emissão de carbono, a iniciativa pretende identificar o melhor uso de áreas degradadas e promover a adoção de Sistemas Agroflorestais (SAF), que combinam a cultura do cacau com a vegetação nativa da região. “Essa união garante a sustentabilidade do processo e promove a inclusão da agricultura familiar na cadeia produtiva, a regularização ambiental, a redução do desmatamento e das emissões de carbono e a mitigação de efeitos do aquecimento global”, afirma Rodrigo Castro, diretor da Fundação Solidaridad.

O RestaurAmazônia, desenvolvido há cinco anos pela Fundação Solidaridad e pelo Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam), recebe o apoio do Fundo JBS pela Amazônia desde 2021. Troca por: Criado em 2021 para dar escala ao programa Territórios Inclusivos e Sustentáveis, desenvolvido há cinco anos pela Fundação Solidaridad na região, o projeto RestaurAmazônia recebe o apoio do Fundo JBS pela Amazônia.

Seu sucesso comprova que é possível gerar desenvolvimento sustentável, renda e empregos, em sintonia com o bioma amazônico. O Dia da Amazônia, celebrado em 5 de setembro, é um bom momento para lembrar que sustentabilidade e progresso podem – e devem – caminhar juntos. “A Amazônia é a principal reserva de floresta tropical do mundo e tem papel fundamental no equilíbrio do clima global e na regulação regional de chuvas”, afirma Castro. “Se o país optar por expandir sua produção agropecuária livre de desmatamento, utilizando meios de produção e uso da terra mais eficientes e intensivos, poderá dar um salto em direção à sustentabilidade, produtividade e competitividade.”

Seis projetos

O projeto da Fundação Solidaridad e do Ipam é um dos seis contemplados, neste ano, pelo Fundo JBS pela Amazônia. Troca por: O projeto da Fundação Solidaridad é um dos seis contemplados, neste ano, pelo Fundo JBS pela Amazônia.

O Fundo é aberto a contribuições e parcerias de associações da iniciativa privada, terceiro setor e grupos multistakeholders. A JBS faz um aporte de R$ 250 milhões e se compromete a igualar a contribuição feita a cada doação, até atingir R$ 500 milhões.

Foi nesse contexto que a Elanco Foundation decidiu apoiar o RestaurAmazônia. “O apoio de instituições como a Elanco Foundation ajuda a fortalecer iniciativas na Amazônia que contribuem para o desenvolvimento socioeconômico sustentável do bioma”, afirma Joanita Maestri Karoleski, presidente do Fundo JBS pela Amazônia.

Lançado no ano passado, o Fundo recebeu mais de 50 projetos. Selecionou seis num primeiro momento. O programa Economias Comunitárias Inclusivas mira o fortalecimento da bioeconomia do açaí, conservação da floresta, promoção de saúde e educação nas comunidades e aumento da renda das famílias locais.

Por sua vez, o Pesca Justa e Sustentável visa a conservação da biodiversidade, fortalecimento da cadeia extrativista do pirarucu, melhoria do bem-estar familiar e aumento da produção e da renda para 450 famílias.

Já a Aceleradora e Investimentos de Impacto (AMAZ) é uma inovação nascida na Amazônia para acelerar 30 startups com soluções para as cadeias de biodiversidade. Por fim, a parceria técnica com a Embrapa atua na direção de levar desenvolvimento científico e tecnológico em prol da integração de lavoura, pecuária e floresta, agregando valor com as espécies da bioeconomia e redução na emissão de carbono.

Para saber mais, acesse https://fundojbsamazonia.org/.

Legenda: Orientados pelo projeto RestaurAmazônia, produtores de cacau do assentamento Tuerê aumentaram as vendas

Fontes: 1. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 2. Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). 3. Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). Fonte: O Globo

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