Uma parceria do escritório local da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater), o Instituto do Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade do Estado do Pará (Ideflor-Bio) e a Prefeitura de Sapucaia, implanta Sistemas Agroflorestais (Safs) em duas propriedades rurais familiares do município, no sudeste do Pará.
A ação tem atuação direta da secretaria municipal de Meio Ambiente (Semma), na área de assentamento João Canuto II, no limite entre Sapucaia e Xinguara, no sul do Pará.
Além de serem uma alternativa de produção compatível com a preservação e a recomposição ambiental, os Safs podem se constituir em uma fonte de renda futura, explicou Keyla Borges, Gerente Regional do Carajás do Ideflor-bio. “Com a implantação dos Safs, a gente consegue resolver uma situação emblemática no assentamento que é a ocupação da área por assentados e onde o Incra condiciona a recomposição florestal para que haja a regularização ambiental dessas famílias no assentamento”.
“Diante disso, o Ideflor e a Emater fizeram esse compromisso com dois produtores do assentamento para que pudéssemos implantar os Safs, já para exemplificar para o Incra a possibilidade e a viabilidade dos Safs cacau com recomposição florestal, geração de renda e a fixação do assentado no lote”, acrescentou Keyla Borges.
São implantadas no assentamento duas Unidades Demonstrativas (UDs) de Sistemas Agroflorestais (Safs) com o componente cacau, que desde 2019 é uma espécie que pode ser usada para a recomposição florestal no Pará, conforme Instrução Normativa de setembro de 2019, da Semas e Ideflor.
Além de beneficiarem os agricultores das propriedades onde estão sendo instaladas, as unidades demonstrativas serão um espaço de aprendizado para outros produtores da comunidade, afirma Cleude Moraes Silva, chefe do escritório local da Emater em Sapucaia.
“A Unidade Demonstrativa é para servir de exemplo para os outros produtores da comunidade e de local de treinamento para esses assentados. Ela é importante para mostrar os benefícios do Sistema Agroflorestal, bem como a viabilidade econômica para a família, já que o cacau é uma cultura que existe no município e chega na comunidade como uma alternativa de fonte de renda a longo prazo”, disse Cleude Silva.
O Chefe do escritório da Emater em Sapucaia também informou que durante visita às propriedades, os técnicos da Emater e do Ideflor orientaram os produtores e fizeram demonstrações técnicas da poda do cacaueiro, e da produção de mudas.
“Os dois produtores onde estão sendo implantadas a UDs estão iniciando agora com a lavoura de cacau, como sendo a cultura principal, intercalando outras como arroz, milho, maracujá como culturas temporárias, além das essências florestais que serão inseridas no SAFs que servirão como sombreamento e o excesso como fonte de lenha e madeiras para as construções da propriedade”, concluiu Cleude.
*Texto: Etiene Andrade (Ascom / EMATER).
Por Governo do Pará (SECOM)