Tendo como base as cadeias produtivas do leite, coco, uva, avicultura, e perímetros de irrigação do Estado, visando o desenvolvimento agrícola, e incentivando a agroindústrialização com suporte no cooperativismo, a Secretaria da Agricultura da Bahia (Seagri) está desenvolvendo cinco projetos-piloto, para articular ações efetivas de estruturação e fortalecimento desses segmentos agrícolas. O intuito é organizar inicialmente cinco projetos-piloto, nessas áreas consideradas estratégicas e potencias na Bahia, compreendendo desde a capacitação e treinamento, até o beneficiamento e comercialização do produto final, englobando pequenos, médios e grandes produtores. A proposta é multiplicar esses projetos, expandindo-os para outras culturas e regiões. Esse trabalho está sendo coordenado pelo engenheiro agrônomo e assessor especial da Seagri, Carlos Armando.
“A Bahia possui grande potencial de crescimento em muitas culturas, como é o caso do coco, por exemplo, em que somos líderes na produção, por isso é necessário montar estratégias para estruturar estas cadeias, aumentando a produtividade e o aproveitamento de 100% dos produtos através da agroindustrialização, atraindo empresas para investir no Estado. Além de organizar toda a cadeia, essa ação estimula a economia das regiões produtoras, visando a geração de emprego e renda para a população rural do Estado”, ressalta o secretário da Agricultura do Estado, Paulo Câmera.
De acordo com o engenheiro agrônomo, coordenador da Subcâmara do Coco, Fernando Florence, a Bahia é o maior produtor brasileiro de coco, referência na produção de mudas puras ou híbridas, com área plantada de 75,8 mil hectares e produção estimada em 554 milhões de frutos por ano, mas precisa aumentar a produtividade. O Estado também se destaca na produção de uvas viníferas na Chapada Diamantina, região que, por conta de sua viabilidade técnica e climática, possui grande potencial de crescimento e de diversificação de culturas, já produzindo maçãs morango, tomate cereja, tangerina e goiaba, dentre outras.
Na produção de leite, apesar de possuir rebanho bovino de cerca de 11 milhões de cabeça, dos quais 1,5 milhão são de vacas leiteiras, o que coloca o Estado em terceiro lugar no ranking de rebanho leiteiro, a Bahia oscila entre o 23º e 25º lugares em produtividade por vaca ordenhada/ano, com a marca de 540 litros de leite, enquanto estados como Pernambuco e Alagoas produzem 1.500 litros/ano por vaca ordenhada. “Essa é uma realidade que estamos trabalhando para transformar”, afirmou o superintendente de Desenvolvimento da Agropecuária da Seagri, Antônio Almeida Júnior (SDA).
Grupo de Trabalho
A Secretaria da Agricultura da Bahia (Seagri) montou um Grupo de Trabalho (GT), composto por outras secretarias do Estado ligadas ao segmento, instituições financeiras e iniciativa privada, para conduzir e articular a contribuição que cada instituição pode oferecer para criação dos projetos-piloto. Já estão incorporados ao grupo as secretarias de Desenvolvimento Econômico (SDE) e de Desenvolvimento Rural do Estado (SDR), a Desenbahia, o Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo e a Organização das Cooperativas do Estado da Bahia (Sistema OCEB/SESCOOP), o Sebrae, a Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb) e o SENAI-BA.
Nesta primeira etapa de construção dos projetos, está sendo realizado o nivelamento de informações sobre as cadeias, diagnosticando os gargalos e potencialidades de cada uma delas, para que, de acordo com as necessidades específicas, sejam direcionadas as ações estratégicas. Fonte: Ascom