ICCO e cacauicultores divergem sobre inclusão do produtor em conferência

A Organização Internacional do Cacau (ICCO) pediu um maior envolvimento dos produtores de cacau para garantir a sustentabilidade do cacau e também na participação em uma conferência promovida pelo órgão.

Um grupo de produtores encaminhou uma carta a ICCO pedindo uma maior participação nas decisões do órgão, em contra partida, a ICCO respondeu ao grupo acusando-os de estarem “pegando carona” na conferência e descreveu como “deplorável” o comportamento do grupo.

Na carta aberta, enviada a ICCO, pelo secretário geral da Organização Internacional de Agricultores de Cacau (ICCFO), que representa aproximadamente 600 mil agricultores em todo mundo, com sede na Holanda, Sako Warren, pediu que o órgão dê garantias ao produtor para assegurar a sustentbilidade do cacau e maior participação na Conferência Mundial.

O secretário alegou que será necessário realizar uma conferência global na República Dominicana de 20 a 21 de maio de 2016, um dia antes da Conferência Mundial do Cacau da ICCO (no mesmo local) porque a “ICCO não disponibilizou um fórum para os produtores de cacau no programa oficial.”

Em contra partida, o diretor executivo da ICCO, Jean-Marc Anga disse que a conferência disponibilizou o dia 22 de maio para realização do fórum dos agricultores que estiverem inscritos na Conferência Mundial.

Na carta resposta o secretário sugeriu que: “o grupo se junte ao evento oficial, ao invés de pegar carona na Conferência competindo com o próprio país, um dia antes, e ainda cobrando taxa de inscrição e buscando patrocínio”, disse.

“Isso, na minha opinião, é uma prática deplorável e injusta, e é contra os interesses tanto da ICCO, quanto do setor do cacau em geral”, avaliou.

Custos da Conferência

A Conferência da ICCO custa U$295 para agricultores de países membros da ICCO e U$495 para os demais agricultores.
O evento proporciona discussões sobre o cacau mundial, além de torneios esportivos e degustação de bebidas.

Já o evento da ICCFO é gratuito para os produtores de cacau. Empresas, governo e ONG’s pagam taxa de inscrição. Com informações da Confectionery. Edição Mercado do Cacau 

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