Entidade estendeu por dois anos a vigência do acordo que orienta a organização global da cultura

O Conselho Internacional do Cacau, órgão deliberativo da Organização Internacional do Cacau (ICCO), na sigla em inglês, estendeu a vigência do Acordo Internacional do Cacau de 2012 por dois anos e prepara emendas ao texto que devem detalhar acordos para garantir de renda mínima aos produtores. Ainda não há, porém, consenso sobre todas as recomendações de emendas.

Políticas de garantia de renda de subsistência para produtores passaram a ser praticadas por Costa do Marfim e Gana no ano passado. Os dois países respondem por mais de 60% da produção mundial da matéria-prima do chocolate.

O acordo, que orienta a organização global da cadeia e expiraria em 2022, valerá agora até 30 de setembro de 2024. O presidente do conselho da ICCO, o embaixador da Costa do Marfim Aly Toure, deverá comunicar a extensão do prazo de validade à secretaria-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), que é a depositária do acordo.

A expectativa da ICCO é que as emendas sejam concluídas até a próxima reunião do conselho, em setembro. Até agora, o órgão obteve acordo com 95% das recomendações de emendas, segundo a organização.

A ICCO tem hoje 51 países-membros, dos quais 22 são exportadores e representam 92% das vendas da amêndoa ao exterior. Os outros 29 são importadores e representam 80% das compras.

De acordo com a organização, as emendas propostas “vão trazer mais clareza e simplificação para um número de artigos do acordo e tornar sua aplicação e implementação mais significativa”.

O acordo de 2012, o sétimo da cadeia, foi “a base da cooperação internacional entre países exportadores de cacau, países importadores de cacau e muitas outras partes trabalhando juntos rumo a uma economia mundial de cacau sustentável”, sustentou a organização.