Monilíase já foi detectada em cidades da fronteira. Vigilância é para evitar que as plantações sejam afetadas.
Servidores do Instituto de Defesa Agroflorestal do Acre (Idaf) estão visitando as comunidades rurais de Cruzeiro do Sul para orientar os produtores sobre a monilíase – uma praga que afeta frutas como o cacau e o cupuaçu.
A doença já prejudica as plantações em países vizinhos e a ação dos técnicos do Idaf quer evitar que os produtores do Acre também tenham prejuízos.
Nas visitas às comunidades da segunda maior cidade do Acre, o Idaf já cadastrou mais de 2 mil propriedades produtoras de cupuaçu e cacau. Segundo a engenheira agrônoma do instituto, Legiane Amorim, o monitoramento ocorre também na zona urbana.
“Em muitos quintais da cidade nós temos cupuaçu. Às vezes, uma ou duas plantas e já entramos quintais com até 30 plantas de cupuaçu. Então, é uma planta muito consumida nos nossos mercados, do gosto popular do acreano e seria um impacto muito grande se essa doença entrasse no país”, alerta Ligiane.
A monilíase afeta a casca da fruta. Segundo a engenheira agrônoma, os sinais aparecem por meio de um pó branco que cobre o fruto provocando da desidratação e depois de ressecar a casca, afeta a parte interna causando prejuízo total.
“É importante o produtor auxiliar no monitoramento. Observar sempre os frutos dentro e, após a safra e no momento que ver alguns sintomas parecidos com o da monilíase, nós orientamos como se faz uma espécie de teste rápido e é importante que informe ao Idaf”, orienta a agrônoma.
No Brasil não há confirmação da monilíase, mas como o Acre está na área de fronteira com a Bolívia e o Peru, onde já existe a doença, o governo se mantém em vigilância para evitar que as plantações do estado sejam afetadas com a praga. Fonte: G1